Marcha de nacionalistas israelitas mobiliza dois mil agentes em Jerusalém
Israel aumentou o nível de segurança e enviou mais de dois mil agentes para Jerusalém, perante a possibilidade de a marcha ultranacionalista israelita prevista para hoje agravar a tensão com os palestinianos.
© Reuters
Mundo Israel
Após a convocação da marcha israelita, o Hamas apelou a protestos palestinianos em Jerusalém.
O Exército de Israel mobilizou baterias do sistema de defesa anti-aérea para se proteger do eventual lançamento de foguetes por parte das milícias palestinianas em Gaza contra território israelita.
A última guerra entre israelitas e palestinianos, em maio, começou depois de uma marcha na zona oriental da Cidade Santa para assinalar o Dia de Jerusalém por membros de grupos ortodoxos judeus.
O dia 10 de maio ficou marcado pela violência, repressão policial e confrontos entre palestinianos e agentes israelitas em Jerusalém Oriental e acabou por fazer escalar uma guerra entre Israel e movimentos palestinianos que provocou 225 mortos em Gaza e 13 vítimas mortais em território de Israel.
A marcha de hoje deve começar por volta das 17:30 (14:30 em Lisboa) com grupos ultranacionalistas israelitas a desfilar no interior da Cidade Velha até ao Muro das Lamentações, principal local de culto do judaísmo.
Toda a zona da Porta de Damasco vai ser vedada para evitar contactos com os habitantes do bairro muçulmano.
Muitos palestinianos consideram uma "provocação" a marcha dos ultranacionalistas israelitas que pretendem assinalar a anexação da cidade em 1967.
Inicialmente, a manifestação esteve marcada para a passada quinta-feira, mas foi adiada para hoje devido às tensões políticas em Israel relacionadas com a transição governamental.
No domingo, e após várias semanas de incerteza, o novo Governo israelita foi ratificado no Parlamento, afastando o Executivo liderado por Benjamin Netanyahu.
A marcha de hoje constitui a primeira prova para o novo governo em matéria de segurança.
O primeiro-ministro ultranacionalista, Naftali Bennett, já avisou que Israel não vai hesitar em responder com força em caso de ataques do Hamas.
O novo ministro da Segurança Pública, Omer Bar-Lev reuniu-se na noite de segunda-feira com as autoridades dando autorização para a realização da marcha.
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