Reino Unido e Austrália confirmam acordo de comércio sem tarifas
O Reino Unido concluiu um acordo de comércio com a Austrália que garante isenção de tarifas sobre as exportações britânicas e que o primeiro-ministro, Boris Johnson, descreveu como um "novo amanhecer" nas relações bilaterais.
© Getty Images
Mundo Reino Unido e Austrália
O novo Acordo de Comércio elimina barreiras à exportação de produtos britânicos como automóveis, whisky, biscoitos e cerâmica para a Austrália e será menos caro para os consumidores comprar vinho, doces ou fatos de banho australianos, salientou um comunicado.
A Austrália é o 14.º maior mercado para as exportações britânicas, a maioria das quais ainda têm como destino a União Europeia, mas o Governo britânico está determinado em encontrar alternativas à UE após o 'Brexit'.
A relação comercial entre o Reino Unido e a Austrália movimentou 13,9 mil milhões de libras (16,15 mil milhões de euros) no ano passado e as próprias estimativas do Governo apontam que um acordo desta natureza pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) britânico em até 0,02%.
O setor mais reticente a um acordo era o da agricultura, o qual obteve limites nas importações sem tarifas durante 15 anos, usando quotas tarifárias e outros mecanismos.
O acordo também facilita a circulação de britânicos com menos de 35 anos para viajar e trabalhar na Austrália.
"O dia de hoje marca um novo amanhecer no relacionamento do Reino Unido com a Austrália (...). O nosso novo acordo de comércio abre oportunidades fantásticas às empresas e consumidores britânicos, bem como a jovens que desejam ter a oportunidade de trabalhar e viver do outro lado do mundo", saudou.
Os elementos principais foram concluídos entre Boris Johnson e o homólogo australiano Scott Morrison, que jantaram na noite passada em Downing Street e reencontram-se de novo esta manhã para uma reunião de trabalho.
Morrison viajou para o Reino Unido no âmbito da cimeira de líderes do G7, que decorreu no passado fim de semana, a convite de Boris Johnson, grupo de países do qual a Austrália não faz parte.
Londres espera também que a Austrália funcione como uma "porta de entrada" para a região do Indo-Pacífico e ajude na candidatura de adesão à parceria transpacífica global e progressista (CPTPP), aliança de comércio livre que reúne 11 países da zona do Pacífico, incluindo Austrália, Canadá, Chile, Japão, México e Vietname.
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