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NATO: Líderes alertam para desafios vindos da Rússia e da China

Os líderes dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Países Baixos alertaram hoje para os desafios existentes para a segurança internacional, nomeadamente vindos da Rússia e da China, antes da cimeira entre os líderes da NATO, em Bruxelas.

NATO: Líderes alertam para desafios vindos da Rússia e da China
Notícias ao Minuto

13:34 - 14/06/21 por Lusa

Mundo Bruxelas

"A Rússia não está a agir de maneira consistente com o que esperávamos, nem a China", disse o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma conversa com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

O responsável da NATO sublinhou que o mundo reconhece que a China está a aumentar as suas capacidades militares e que continua com o seu comportamento "coercitivo".

Biden insistiu que é necessária mais coordenação, algo sobre o qual falou com seus interlocutores na cimeira do G7 no Reino Unido, no final de semana passado.

"Direi claramente: a NATO é muito importante para os interesses dos Estados", sublinhou Biden, referindo que o artigo 5º da Aliança Atlântica é "uma obrigação sagrada".

O artigo 5º da NATO refere que os Estados-membros auxiliem qualquer membro que seja alvo de um ataque armado e foi invocado pela primeira e única vez após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

O Presidente norte-americano chegou a Bruxelas na noite de domingo para participar hoje na cimeira da NATO e numa reunião com a União Europeia (UE), na terça-feira.

A Casa Branca enfatizou, num comunicado, que Biden reafirmará o compromisso do seu país com a defesa e segurança coletiva na cimeira da Aliança Atlântica.

A chanceler alemã, Angela Merkel, citou também os "desafios" da Rússia e da China entre as questões que os líderes da NATO abordarão hoje durante a cimeira na Bélgica.

"Na agenda estarão as questões que nos preocupam a todos, os desafios que enfrentamos: a Rússia, mas também a região Indo-Pacífico, com a ascensão da China", disse Merkel na chegada àquela que será a sua última cimeira da NATO, antes das eleições em setembro na Alemanha.

A chanceler alemã sublinhou que "os desafios híbridos são de especial importância", entre os quais citou os ataques informáticos e "as campanhas de desinformação da Rússia", pelas quais "a Alemanha também foi afetada".

Merkel também mencionou a situação na Ucrânia, onde "também existem grandes desafios", bem como na Bielorrússia, "onde os direitos humanos são espezinhados".

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, disse hoje também que a NATO deve agir como um contrapeso às mensagens dos regimes autoritários de todo o mundo e demonstrar que as democracias podem oferecer aos cidadãos valores de segurança e liberdade e proteção da diversidade.

"Estamos mais unidos do que nunca e é mais importante do que nunca estarmos unidos", resumiu o líder canadiano à sua chegada à cimeira da NATO, onde manteve uma breve conversa pública com o secretário-geral da Aliança.

Trudeau referiu-se a um aumento do autoritarismo em todo o mundo, que considerou um "desafio" e "algo que precisa do alinhamento" dos países membros da NATO.

O primeiro-ministro canadiano referiu-se também à Rússia, que afirmou "ter a atitude mais agressiva das últimas décadas", e lembrou que, na Aliança, os desafios dos países que fazem fronteira com a Rússia "são os desafios de todos".

Em relação à China, Trudeau afirmou que a NATO "deve estar ciente da influência global" que Pequim tem e defendeu ser necessário transmitir a mensagem de que "assustar os outros para os submeter" não vai funcionar.

Já o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, exortou hoje a manutenção do diálogo da NATO com a China e a Rússia, mas ao mesmo tempo apelou aos Estados para "não serem ingénuos" sobre a posição global desses dois países.

"Com a China, não devemos ser ingénuos. É fundamental discutirmos, mas, ao mesmo tempo, devemos manter o diálogo com a China e manter uma relação aberta porque todos fazemos parte do mundo", declarou o primeiro-ministro holandês.

"Claro, estamos preocupados com a Rússia. Com a Rússia, precisamos de pressão, mas também diálogo, também entre a NATO e a Rússia, mas não devemos ser ingénuos de forma alguma", disse Rutte.

Questionado sobre se a NATO está em estado de "morte cerebral", como disse o Presidente francês, Emmanuel Macron, em 2019, Rutte disse que sem a Aliança é "quase impossível" poder proteger os cidadãos, o que deveria ser uma das prioridades dos governos.

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