Polícia nicaraguense deteve mais um opositor, o oitavo nos últimos dias
A polícia nicaraguense disse no sábado que prendeu deteve à noite a líder da oposição Daysi Tamara Dávila Rivas sob a acusação de "incitar a interferência estrangeira nos assuntos internos" e "apelar à intervenção militar" contra o governo.
© Reuters
Mundo Nicarágua
A detenção de Davila Rivas, membro do Conselho Político da Unidade Nacional Azul e Branca, é a oitava feita pela Polícia Nacional contra dissidentes nos últimos dias, incluindo quatro candidatos à presidência da Nicarágua pela oposição.
Numa declaração, a polícia disse que Dávila Rivas, filha do coronel reformado Irvin Dávila, está a ser investigada "por levar a cabo atos que minam a independência, soberania e autodeterminação, incitando à interferência estrangeira nos assuntos internos, e apelando à intervenção militar.
Também para "organizar com financiamento de potências estrangeiras a realização de atos de terrorismo e de desestabilização, propondo e gerindo bloqueios económicos, comerciais e financeiros contra o país e as suas instituições".
Além disso, por "exigir, exaltar e aplaudir a imposição de sanções contra o Estado da Nicarágua e os seus cidadãos, e prejudicar os interesses supremos da nação", de acordo com as informações.
A cinco meses das eleições nicaraguenses de 07 de Novembro, em que o Presidente Daniel Ortega procura ser reeleito, vários políticos da oposição, incluindo quatro candidatos à presidência, foram detidos.
A polícia nicaraguense, liderada por Francisco Díaz, um colaborador próximo do Presidente Ortega, mantém na prisão quatro candidatos presidenciais da oposição: Cristiana Chamorro, Arturo Cruz, Félix Maradiaga e Juan Sebastián Chamorro García.
Também o antigo chefe do Conselho Superior da Empresa Privada (Cosep) José Adán Aguerri, o antigo vice-ministro dos negócios estrangeiros José Pallais, a ativista da oposição Violeta Granera e dois outros antigos colaboradores de uma ONG foram detidos na última semana sob a acusação de vários crimes.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Costa Rica, Belize, Guatemala, Panamá, República Dominicana e Espanha exortaram na quinta-feira a Nicarágua a libertar os líderes políticos da oposição detidos nos últimos dias.
"Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Costa Rica, Belize, Guatemala, Panamá, República Dominicana e Espanha exprimem a sua profunda preocupação com as recentes ações desenvolvidas pelo Governo da Nicarágua contra importantes líderes da oposição naquele país, que ameaçam o livre exercício da democracia. Exortamos à sua libertação imediata e à restituição dos seus direitos políticos", lê-se numa declaração divulgada.
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