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Exército francês mata líder de grupo responsável por rapto de jornalistas

O Exército francês matou no sábado, no norte maliano, um líder do grupo Al-Qaida no Magrebe Islâmico (Aqmi), responsável pelo rapto e assassinato de dois jornalistas franceses em novembro de 2013, anunciou hoje a ministra da Defesa gaulesa.

Exército francês mata líder de grupo responsável por rapto de jornalistas
Notícias ao Minuto

17:13 - 11/06/21 por Lusa

Mundo Aqmi

Numa declaração à comunicação social, Florence Parly disse que a operação decorreu em 05 de junho e matou Baye ag Bakabo e outros três alegados terroristas que, segundo as informações recolhidas, iriam atacar um enclave gerido pelo batalhão chadiano da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma).

Ag Bakabo, de acordo com a ministra, orquestrou o rapto e assassinato dos jornalistas Ghislaine Dupont e Claude Verdon, da Radio France Internationale (RFI), em Kidal, no norte do Mali.

O Aqmi reivindicou estes assassinatos e assinalou que ocorreram em "resposta aos crimes diários de França contra os direitos malianos e às ações das forças internacionais contra os muçulmanos no Azwad", o terço norte do Mali.

Parly, citada pela agência noticiosa Efe, assinalou que a força francesa presente no Sahel contra grupos 'jihadistas', a Barkhane, detetou no passado sábado a organização do ataque em Aguelhok, tendo ativado o seu dispositivo de resposta.

A ministra salientou o "profissionalismo" dos soldados envolvidos na operação "delicada e complexa" e assinalou que a ação reflete a prioridade de França em combater o terrorismo no Sahel.

O anúncio surgiu um dia depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter revelado que a força Barkhane irá sofrer uma "profunda transformação".

Macron anunciou na quinta-feira uma redução da presença militar francesa no Sahel, indicando que a operação Barkhane, existente desde 2014 e que conta atualmente com 5.100 militares, será substituída por uma operação de apoio aos exércitos da região que queiram cooperar.

O Presidente francês considerou que o objetivo da França não é substituir "eternamente" as forças dos países em causa.

Assim, Paris vai encerrar bases e configurar a luta anti-'jihadista' à volta de uma "aliança internacional" integrando europeus e que contará também com o apoio dos norte-americanos.

Num comunicado, Parly precisou que o dispositivo militar francês será orientado para a assistência e cooperação operacional, o que será discutido nos próximos dias com os membros da Coligação Internacional para o Sahel, lançada em 2020 com o objetivo de apoiar o G5 Sahel (Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger).

No "final do mês de junho", Macron deverá precisar as modalidades e o calendário da nova missão, adiantou a ministra das Forças Armadas francesa.

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