Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Países europeus do Mediterrâneo mantêm críticas ao pacto migratório

Os países mediterrânicos da União Europeia mantiveram hoje as críticas ao novo Pacto de Migração e Asilo europeu, sobre o qual exigiram manter um equilíbrio entre responsabilidade e solidariedade.

Países europeus do Mediterrâneo mantêm críticas ao pacto migratório
Notícias ao Minuto

15:27 - 11/06/21 por Lusa

Mundo Migrações

Representantes das diplomacias de Portugal, Espanha, Grécia, Malta, França e Itália e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Chipre (países que formam o Med7) reuniram-se hoje na periferia de Atenas para partilhar preocupações e procurar soluções em questões como a migração, pandemia de covid-19 e a transição ecológica.

Na conferência de imprensa posterior, o embaixador espanhol na Grécia, Enrique Viguera, afirmou que o pacto migratório não é satisfatório e mostrou confiança de que no futuro, quando a França assumir a presidência da UE, esta questão terá um impulso decisivo.

Os representantes dos outros países mostraram-se também preocupados com a falta de soluções concretas e precisas para gerir a migração que, sublinharam, não é um problema exclusivo dos países mediterrânicos, mas de todos os membros da UE.

"Não devemos fechar as portas à migração, mas devemos geri-la da melhor maneira possível", sublinhou o vice-ministro dos Assuntos Europeus italiano, Vincenzo Amendola.

Espanha, Itália, Grécia, Chipre e Malta (Med5) enviaram na terça-feira uma carta conjunta em que manifestaram a vontade de chegar a um acordo sobre o pacto migratório, mas pediram para serem reconsiderados vários pontos que se referem à justa distribuição de responsabilidades e solidariedade no sistema comum de asilo europeu, uma reclamação apresentada pelos ministros do Interior e da Migração há três meses.

Outra questão debatida nessa reunião e que mais uma vez chamou a atenção foram as relações tensas do Chipre e Grécia com a Turquia e a necessidade de levar a cabo políticas diretas com países terceiros.

Os vice-ministros europeus mostraram confiança no cumprimento dos acordos que a UE assinou com Ancara, nos quais a Turquia se compromete a receber todos os migrantes que chegam irregularmente às ilhas gregas, a troco de subsídios europeus.

De forma mais direta, o ministro dos Negócios Estrangeiros cipriota, Nikos Jristodulidis, também presente na reunião, criticou as políticas agressivas da Turquia e a instrumentalização da dor humana por parte de alguns países.

Além disso, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, fez um discurso no início da reunião, exigindo que a Turquia cumprisse as regras.

Na próxima segunda-feira, Mitsotakis vai ter um encontro privado, à margem da cimeira da NATO, com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que foi precedida de várias conversas entre os ministros dos Negócios Estrangeiros para a retoma de um diálogo construtivo entre os dois países com interesses opostos.

A próxima cimeira do Med7 decorre no dia 17 de setembro em Chania, na ilha de Creta, Grécia, na qual é prevista a presença dos líderes dos sete países e os dois novos membros do grupo: Eslovénia e Croácia.

Leia Também: PSD destaca referência à integração de migrantes no discurso de Marcelo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório