Rússia: Organização de Navalny promete continuar a "combater" corrupção

A Fundação Anticorrupção (FBK) garantiu hoje que continuará a sua luta, um dia após a justiça russa ter proibido a principal organização do opositor russo Alexey Navalny por "extremismo".

Opositor Alexei Navalny libertado da prisão

© Reuters

Lusa
10/06/2021 11:30 ‧ 10/06/2021 por Lusa

Mundo

Anticorrupção

 

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"Acordámos com um sorriso destrutivo nos lábios (...) Continuamos a combater a corrupção", escreveu o FBK no Twitter, brincando sobre o "perigo público" que a organização constitui aos olhos da justiça russa.

A pedido do Ministério Público russo, um tribunal de Moscovo proibiu o FBK, bem como a rede de escritórios de Navalny em toda a Rússia, julgando-os extremistas por pedirem uma mudança de regime.

Entretanto, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, disse hoje que a organização de Navalny é liderada pelos Estados Unidos.

Maria Zakharova avaliou que a rapidez com que Washington condenou a decisão da justiça russa de banir todas as estruturas de Navalny mostra que ele é de facto um "agente" dos Estados Unidos.

"Duas horas depois, eles [EUA] fazem uma declaração especial", disse em declarações à rádio Vesti-FM. "Eles mostram tanto zelo político porque tocamos aqueles que supervisionam, aqueles que eles apoiam politicamente e de outra forma", acusou Zakharova.

Navalny, que se encontra preso desde janeiro, e os seus apoiantes sempre negaram qualquer vínculo com as potências ocidentais. O Kremlin chegou a considerar que o oponente estava a colaborar com serviços de inteligência estrangeiros.

A Rússia começou uma ofensiva judicial em grande escala contra oponentes, em particular aqueles próximos a Navalny, desde a sua prisão em janeiro, quando voltou da convalescença após sobreviver a um envenenamento que disse ter sido ordenado por Vladimir Putin.

A proibição dessas organizações por extremismo abre caminho para a exclusão dos seus apoiantes das eleições legislativas de setembro.

Leia Também: UE deplora decisão que visa "suprimir oposição política" na Rússia

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