ONU e Biden felicitam confirmação de prisão perpétua a Ratko Mladic
As Nações Unidas e o Presidente norte-americano saudaram hoje a "histórica" condenação do ex-líder militar sérvio Ratko Mladic, sentenciado a prisão perpétua por genocídio, crimes contra a Humanidade e crimes de guerra cometidos durante o conflito na Bósnia (1992/1995).
© Reuters
Mundo Ratko Mladic
O veredito "sublinha a determinação da justiça internacional em responsabilizá-lo pelo tempo que for necessário - e no caso de Mladic, passaram-se quase três décadas após os seus crimes hediondos", afirmou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, em comunicado conjunto com a conselheira especial do secretário-geral da ONU para a prevenção de genocídios, Alice Wairimu Nderitu.
Por seu lado, o Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou que este "julgamento histórico mostra que aqueles que cometem crimes horríveis serão responsabilizados".
O Mecanismo para os Tribunais Penais Internacionais (MTPI) confirmou hoje a pena de prisão perpétua para o ex-chefe militar sérvio, Ratko Mladic.
Conhecido também pelo "carniceiro dos Balcãs", o antigo general foi condenado em primeira instância em 2017, nomeadamente pelo massacre em Srebrenica, o pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, considerado como um ato de genocídio pela justiça internacional.
Mladic também foi considerado culpado de orquestrar uma campanha mais ampla de "limpeza étnica" para expulsar muçulmanos e bósnios de áreas-chave para criar uma Grande Sérvia na antiga Jugoslávia, dilacerada após a queda do comunismo.
Mladic, ainda considerado um defensor do povo por muitos sérvios da Bósnia, afirmou que, apesar de tudo, foi arrastado para o conflito desde o início da guerra na Bósnia, que provocou cerca de 100.000 mortos e mais de 2,2 milhões de deslocados.
Ratko Mladic é um dos principais líderes julgados pela justiça internacional por crimes cometidos durante as guerras na ex-Jugoslávia, tal como o ex-líder político dos sérvios bósnios Radovan Karadzic, condenado a prisão perpétua em 2019, e do ex-Presidente jugoslavo Slobodan Milosevic, que morreu na sua cela em Haia na sequência de um ataque cardíaco em 2006, antes de o seu julgamento ter sido concluído.
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