Presidente checo apoia oposição ao "último ditador da Europa"
O Presidente checo, Milos Zeman, conhecido pela sua simpatia pró-russa, expressou hoje apoio aos ativistas que protestam contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que classificou como "o último ditador da Europa".
© Reuters
Mundo Bielorrússia
O porta-voz presidencial Jiri Ovcacek escreveu na rede social Twitter que, durante um encontro, hoje, com a líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaia, Zeman "desejou uma vitória à oposição, na sua luta contra o último ditador da Europa".
Segundo Ovcacec, Zeman "exprimiu o seu apoio pessoal a Tikhanovskaia e apreciou a sua coragem".
Zeman, um veterano de esquerda de 76 anos e ex-comunista, é conhecido por ter ligações estreitas com o Presidente russo, Vladimir Putin, que apoia o regime bielorrusso.
Tikhanovskaia deixou o seu país e exilou-se na Lituânia após as eleições presidenciais de agosto de 2020, nas quais se apresentou contra Lukashenko, no poder desde 1994.
A ativista assumiu-se como candidata para substituir o marido, detido pouco após se candidatar às eleições.
As eleições foram ganhas por Lukashenko, mas a oposição e os observadores internacionais consideraram-nas fraudulentas, motivando manifestações a nível nacional, às quais as autoridades responderam com uma repressão massiva e violenta.
Tikhanovskaia, que se encontra em Praga no âmbito de uma digressão mundial para recolher o apoio da comunidade internacional, pediu na segunda-feira que seja "travado" o "regime terrorista" de Alexander Lukashenko, a quem responsabilizou pela repressão no seu país e a "detenção e tortura" do jornalista Roman Protasevich.
"É um regime terrorista que deve ser travado", disse então Tikhanovskaia em conferência de imprensa junto ao líder do Senado checo, Milos Vystrcil, que a recebeu como "presidente eleita" da Bielorrússia.
Durante a sua estada em Praga, Tikhanovskaia tinha também previstas reuniões com o primeiro-ministro, Andrej Babis, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jakub Kulhánek, e membros do Senado.
A opositora deverá ainda reunir-se com a diáspora bielorrussa na República Checa, que inclui cerca de 4.000 pessoas, e com estudantes universitários.
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