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Putin pede aos países europeus que reconheçam a vacina russa Sputnik V

O Presidente russo, Vladimir Putin, negou hoje que utiliza a vacina Sputnik V como instrumento geopolítico para ganhar influência, ao mesmo tempo que expressou o desejo de que os países europeus reconheçam o tratamento contra a covid-19.

Putin pede aos países europeus que reconheçam a vacina russa Sputnik V

© Reuters

Lusa
05/06/2021 06:18 ‧ há 4 anos por Lusa

"Seria melhor se os reguladores europeus reconhecessem que as pessoas que são vacinadas com as nossas vacinas não têm qualquer diferença em relação às que foram inoculadas com a Pfizer ou outras vacinas", disse o chefe do Kremlin, numa entrevista às principais agências noticiosas internacionais.

Vladimir Putin salientou que "a eficácia de 97% [da vacina Sputnik V] foi confirmada por peritos".

"Temos todos os motivos para dizer que temos o pleno direito de disponibilizar esta vacina. Se o país a aceita, é com ele", salientou o líder russo.

O Presidente da Rússia sublinhou que, na Europa, pequenos e médios países - incluindo a Sérvia e a Hungria - optaram pela vacina Sptunik V, que não foi autorizado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Putin classificou como "um disparate" as acusações do Ocidente de que a Sputnik V é uma ferramenta ou uma arma geopolítica para a Rússia.

"Estas acusações não fazem nenhum sentido", referiu, e sustentou que estas alegações provêm "da concorrência" e daqueles "que não podem reconhecer que a Rússia não é apenas um país de recursos, mas também de um elevado nível de educação e tecnologia".

O líder russo argumentou que o facto de haver atrasos na vacinação na Europa está "ligado aos interesses comerciais" dos fabricantes, porque "ganham tempo" face aos concorrentes.

Quando as agências europeias lhes dão a autorização para a utilização da sua vacina na Europa, nessa altura já ocupam o mercado com contratos de fornecimento a longo prazo, frisou.

"Então já será demasiado tarde para nós" entrar no mercado da União Europeia (UE), censurou Putin.

O Presidente da Rússia informou que o país já vende a sua vacina antivírus em 66 países e que atualmente não é movida pelo lucro, "mas por razões humanitárias".

Putin manifestou ainda a sua disponibilidade para transferir a tecnologia da vacina para a Europa.

"Em junho vamos produzir 20 milhões de doses por mês. Temos o suficiente para vacinar toda a população, e vamos atingir 60% das pessoas vacinadas na Rússia até setembro", acentuou.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.704.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 172 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Argentina anuncia que vai produzir vacina russa Sputnik V

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