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Embarcação com 81 rohingyas encalha ao largo da Indonésia

Uma embarcação com 81 refugiados rohingya a bordo encalhou ao largo da província indonésia de Aceh após uma viagem de quase quatro meses, durante a qual nove pessoas morreram, disseram hoje as autoridades indonésias.

Embarcação com 81 rohingyas encalha ao largo da Indonésia
Notícias ao Minuto

15:10 - 04/06/21 por Lusa

Mundo Rohingyas

Moradores da província de Aceh descobriram hoje o barco encalhado, com 81 muçulmanos rohingya a bordo, na maioria mulheres e crianças, que haviam deixado um campo de refugiados no Bangladesh, disseram as autoridades indonésias.

Miftach Cut Adek, o líder da comunidade pesqueira local, disse que 90 pessoas estavam a bordo do barco quando este deixou o campo de refugiados em 11 de fevereiro, mas nove morreram durante a viagem.

Mais de 700.000 rohingya fugiram de Myanmar (ex-Birmânia), de maioria budista, para campos de refugiados no Bangladesh desde agosto de 2017, quando os militares birmaneses lançaram uma operação violenta em resposta aos ataques de um grupo rebelde.

As forças de segurança de Myanmar foram acusadas de violações em massa, assassínios e de queimar de milhares de casas.

Grupos de rohingya tentaram deixar os campos de refugiados lotados no Bangladesh e viajar por mar em viagens perigosas para outros países de maioria muçulmana na região.

M. Ilyas, um rohingya que estava no barco encalhado, disse que os refugiados se tinham dirigido inicialmente para a Malásia, mas sua entrada foi recusada devido a preocupações com o novo coronavírus.

O rohingya disse que o motor do barco se partiu em águas indianas e os pescadores locais os ajudaram a continuar a viagem.

O motor partiu-se novamente e o barco, que transportava 49 mulheres, 21 homens e 11 crianças, encalhou na ilha de Idaman, em Aceh, província mais ao norte da Indonésia, disse o rohingya.

Os moradores locais relataram às autoridades que um barco estava encalhado, disse Adek.

Um polícia local disse que as autoridades, incluindo a 'task force' de combate ao novo coronavírus, estão a trabalhar juntas para examinar e tratar os rohingya.

Myanmar nega cidadania à minoria muçulmana rohingya desde 1982, tornando-os apátridas.

Esta minoria também não tem liberdade de movimento e outros direitos, incluindo educação.

Autoridades em Myanmar dizem que os rohingya migraram ilegalmente do Bangladesh, embora muitas de suas famílias vivam em Myanmar há décadas.

Em setembro, quase 300 rohingya foram encontrados na praia de Ujung Blang, na província de Aceh, após terem passado meses no mar.

Leia Também: Novo fogo junto a campo de refugiados no Bangladesh mata três rohingyas

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