Um grupo de investigadores da Universidade Estatal de Ohio (OSU, na sigla em inglês) concluiu que, enquanto ambos os lados do espetro político tendem a acreditar em afirmações que promovem os seus pontos de vista, os conservadores aceitam mais as notícias e informações falsas e rejeitam as verdadeiras.
A análise, realizada ao longo de seis meses, concluiu que isto acontece "porque há muito mais desinformação que apoia posições conservadoras", de acordo com o autor principal do estudo, Kelly Garrett, um professor de comunicação na OSU.
Os investigadores chegaram a estas conclusões após analisar os resultados de um inquérito 'online' que envolveu 1.204 adultos norte-americanos entre janeiro e junho de 2019.
De duas em duas semanas, os investigadores identificaram notícias políticas virais - 10 verdadeiras e 10 falsas - e pediram aos participantes para rotular cada manchete como verdadeira ou falsa e indicar o nível de confiança que tinham na sua decisão.
Um dos principais problemas identificados no estudo foi, segundo Garrett, que estas notícias verdadeiras e falsas amplamente partilhadas "têm implicações diferentes para os liberais e conservadores".
"Vimos que as mentiras políticas virais tenderam a beneficiar os conservadores, enquanto as verdades tenderam a favorecer os liberais. Isso torna muito mais difícil para os conservadores evitar perceções erradas", afirmou Garrett.
De acordo com o investigador, apesar do ambiente de informação fosse a principal razão pela qual os conservadores eram suscetíveis à desinformação, esta "pode não ser a única razão".
Os resultados mostraram que, mesmo quando o ambiente era tido em conta, os conservadores tinham um pouco mais de probabilidade de ter perceções erradas do que os liberais.