Presidente argelino visita líder da Frente Polisário no hospital militar

O Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboun, visitou hoje o líder da Frente Polisário, Brahim Ghali, no hospital militar Ain Naadja, em Argel, e agradeceu a Espanha pela hospitalização do líder saarauí.

Autoridades da Argélia mobilizam-se após aumento do número de casos

© Reuters

Lusa
02/06/2021 19:27 ‧ 02/06/2021 por Lusa

Mundo

Argel

 

A página oficial da Presidência argelina publicou vídeos com Tebboun a chegar ao hospital acompanhado pelo chefe do exército, Said Chengrihaal, para visitar o Presidente da autoproclamada República Árabe Saarauí Democrática (RASD).

Tebboun perguntou sobre o estado de saúde do presidente saarauí, e elogiou o facto de Ghali "ter comparecido perante a justiça espanhola".

"Mostraste que a RASD é uma república de direito e cumpre sempre a lei", reconheceu Tebboun ao líder da Frente Polisário, movimento que luta pela independência do Saara Ocidental.

"Somos militantes em qualquer lugar e em qualquer condição", respondeu Ghali, antes de acrescentar que o seu estado de saúde "está a melhorar" e que está "em boa condição psicológica e física".

Ghali chegou hoje à capital argelina depois de ter tido alta do hospital espanhol, uma vez que os médicos consideraram que a sua hospitalização já não era necessária, indicou o embaixador saarauí na Argélia, Abdelkader Taleb Omar.

A presença de Ghali em Espanha enfureceu Marrocos e desencadeou uma crise diplomática entre os dois países e, tudo indica, levou Rabat a provocar a chegada de milhares de migrantes ilegais - muitos deles crianças não acompanhadas - ao enclave espanhol no norte de África de Ceuta, que faz fronteira com Marrocos.

Segundo fontes diplomáticas, Ghali deixou a cidade espanhola de Pamplona num avião civil facultado pela Argélia, o principal defensor da causa saarauí, e aterrou num aeroporto militar, onde foi transferido para o centro médico para continuar a sua recuperação da doença covid-19.

O líder da Frente Polisário regressou à Argélia depois de testemunhar perante o tribunal especial espanhol Audiência Nacional, acusado de alegados crimes contra a Humanidade, genocídio e tortura.

Ghali negou ter cometido esses crimes, associando as acusações contra ele a motivos "absolutamente políticos" para "tentar minar a credibilidade do povo saarauí e a sua luta para conseguir a autodeterminação ", afirmou o seu advogado, Manuel Ollé.

Leia Também: ONG denuncia "escalada da repressão" na Argélia antes das legislativas

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas