As conversações, cuja quinta ronda começou na semana passada, visam que os Estados Unidos regressem ao pacto, que abandonaram em 2018, e levantem as sanções contra o Irão, que, por seu lado, deverá voltar a cumprir todas as suas obrigações previstas no acordo.
"Hoje, graças a Deus, vemos que foram resolvidos os nossos principais problemas com os EUA nestas negociações. Restam algumas questões que estamos a negociar e vamos chegar a um resultado", disse Hassan Rohani durante a reunião semanal do seu gabinete, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
O Presidente indicou que o seu Governo "já fez e acabou" o seu trabalho sobre o assunto e que se manteve "fiel à promessa" de acabar com as sanções norte-americanas contra a nação persa.
Nesse sentido, adiantou que, "se houver vontade", a solução para o litígio nuclear acontecerá durante o seu mandato que termina em agosto, dando a entender que aguarda a aprovação final da liderança do sistema.
"O bom andamento das negociações em Viena deve-se à paciência do povo, à mediação do governo e às orientações do líder supremo (Ali Khamenei). Pagámos um preço muito alto por estas vitórias", sublinhou Rohani.
Disse que "os norte-americanos procuravam derrotar o regime (iraniano) com sanções e guerra económica e declararam-no abertamente", mas "nada puderam fazer e procuraram eles as negociações".
"Isto não significa o fracasso dos EUA?", questionou.
O Irão e as delegações dos cinco países que se mantiveram no acordo -- Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China -- iniciaram em abril uma nova etapa de negociações, nas quais os Estados Unidos participam indiretamente.
O principal negociador iraniano e vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, expressou há dois dias dúvidas de que se consiga uma conclusão na atual ronda de conversações, que considerou "muito complexas".
Reconhecendo avanços importantes, Araghchi disse ser "possível que as delegações tenham de regressar aos seus países para mais consultas".
O histórico acordo de 2015 visa evitar que o Irão obtenha a arma atómica, estabelecendo limites ao seu programa nuclear em troca do levantamento de sanções internacionais.
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