Tinha 75 anos quando fez a sua primeira tatuagem e hoje, com 81, já são mais de 50. Considera que são verdadeiras obras de arte e, numa altura em que cada vez mais amigos morrem, considera que as tatuagens permitem fazer novos amigos, além de lhe apresentarem um novo mundo, totalmente diferente.
“As pessoas tendem a imaginar os idosos como as personagens das obras vitorianas, que estão sentadas em cadeiras a ver os outros dançar”, refere a californiana Helen Lambin, que diz que se sente uma jovem de 39 anos.
Enquanto a maioria das pessoas se submete durante os rebeldes anos da adolescência às agulhas dos tatuadores, Helen tomou um rumo diferente. Ao completar 75 anos decidiu ‘abanar’ a sua vida e fazer a sua primeira tatuagem: um pequeno símbolo da paz. Seguiu-se um golfinho bebé e mais tarde achou que o bebé deveria ter uma mãe e, assim, nasceu uma terceira tatuagem. Desde então já são mais de 50 e Helen dificilmente passa despercebida quando está de braços descobertos.
“Para mim é como se fosse arte, a única diferença é que esta tem capacidade de se mover”, afirma em entrevista ao Senior Planet.
Indiferente face às opiniões dos outros, a idosa refere que muitos jovens a abordam a elogiar as suas tatuagens, o que lhe tem permitido fazer novos amigos.
“Quando se chega à minha idade, muitos amigos começam a deixar de existir, portanto isto é bom pois abre-nos novas portas. As minhas tatuagens enriqueceram-me a vida”, defende.
Não são, no entanto, apenas as tatuagens que demonstram o espírito jovial desta norte-americana. Aos 81 anos, Helen frequenta aulas de espanhol e de harmónica, utiliza ocasionalmente o Facebook e é uma fã de pesquisas no Google. O verdadeiro exemplo, portanto, do que é “envelhecer com atitude”.