"Dever moral" proteger imigrantes que aguardam viagem na Líbia
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, considerou hoje ser um "dever moral" proteger os imigrantes que se encontram na Líbia à espera de viajar para a Europa, após reunir-se com o homólogo daquele país, Abdul Hamid al Dbeibah.
© Yara Nardi/Reuters
Mundo Itália
"A Itália apoia a Líbia e esta transição complexa", afirmou Draghi após encontrar-se, em Roma, com o primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional transitório da Líbia, responsável por dirigir o país, em guerra desde 2011, até às eleições do final do ano.
A Itália colabora com a guarda costeira líbia para que esta intercete lanchas, o que causa indignação nas organizações humanitárias que denunciam todo o tipo de humilhações às pessoas que tentam sair do 'inferno' líbio.
Draghi disse que o Conselho Europeu irá debater esta questão na sua próxima reunião porque, frisou, "outros países europeus também participam no esforço" de controlar a fronteira líbia.
A Itália, acrescentou, "pretende continuar a financiar as repatriações voluntárias e as evacuações humanitárias da Líbia", mas definiu como "um dever moral" assegurar "o pleno respeito pelos direitos dos imigrantes".
Para isso, continuará "a fazer a sua parte", mas também irá exigir uma "ação rápida e concreta" da União Europeia.
Por sua vez, o primeiro-ministro líbio, que esta manhã se reuniu também com o ministro italiano dos Assuntos Externos, Luigi Di Maio, expressou a sua "séria vontade" de encontrar respostas para o fenómeno da imigração clandestina com a Europa e os países de origem.
Além disso, sublinhou o seu interesse em manter as melhores relações bilaterais possíveis com Itália e as suas empresas.
"Faremos todos os possíveis para eliminar qualquer obstáculo à nossa colaboração", disse, antes de pedir a reabertura do espaço aéreo entre os dois países, a fim de favorecer as trocas comerciais.
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