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Israel. Ainda "muitos obstáculos" antes da formação de um governo

O líder da oposição israelita, o centrista Yair Lapid, indicou hoje que ainda há "muitos obstáculos" antes da formação de um Governo de união que poderá afastar Benjamin Netanyahu, que dirige Israel há 12 anos consecutivos.

Israel. Ainda "muitos obstáculos" antes da formação de um governo
Notícias ao Minuto

14:19 - 31/05/21 por Lusa

Mundo Oposição

"Este é o nosso primeiro teste, ver se conseguimos encontrar compromissos inteligentes nos próximos dias para alcançar um objetivo maior", disse, numa reunião do seu partido centrista Yesh Atid no parlamento israelita (Knesset, 120 lugares) em Jerusalém.

Yair Lapid tem até quarta-feira às 23:59 locais (21:59 em Lisboa) para conseguir o apoio de 61 deputados, a maioria que lhe permitirá formar um executivo que substitua o de Netanyahu.

Mandatado no início de maio pelo Presidente, Reuven Rivlin, para formar um Governo, depois de o primeiro-ministro cessante ter falhado a missão, Lapid conta já com o apoio de 57 deputados: além dos seus aliados tradicionais da esquerda e do centro (51 votos), conseguiu juntar no domingo o partido de direita radical Yamina de Naftali Bennett.

Este conseguiu sete lugares nas legislativas de março, mas um dos eleitos anunciou que não o seguirá para o campo anti-Netanyahu.

"Numa semana, o Estado de Israel pode estar numa nova era", disse Lapid, ex-jornalista vedeta da televisão.

Para formar a sua "coligação da mudança", como é designada pelos opositores de Benjamin Netanyahu, Lapid precisa ainda de quatro votos, provavelmente dos partidos árabes israelitas, que ainda não se posicionaram claramente.

Os partidos que se uniram a Lapid divergem em questões fundamentais como o lugar da religião no Estado ou a eventual criação de um Estado palestiniano.

Mas estão todos "sinceramente convencidos que Netanyahu (a ser julgado por corrupção) é um perigo para o país, que não pode mais servir como primeiro-ministro porque coloca os seus interesses pessoais antes dos do país", explicou Jonathan Rynhold, professor de ciência política na universidade Bar-Ilan.

Para evitar a queda do seu governo, poderão optar, pelo menos inicialmente, "por um programa consensual", sobre o relançamento social e económico pós-pandemia, dando resposta às falhas dos sistemas de saúde, educação e transportes, temas sobre os quais concordam, segundo Rynhold.

Se Lapid não conseguir constituir um executivo, os israelitas poderão ter de voltar às urnas no outono, para as quintas legislativas em pouco mais de dois anos.

Leia Também: Governo de unidade sob liderança de Lapid será "perigo para a segurança"

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