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Poder judicial deixa avisos aos candidatos presidenciais no Irão

O procurador-geral de Teerão alertou hoje os candidatos às eleições presidenciais iranianas, que decorrem em junho, contra a tentação de cruzar as "linhas vermelhas" da República Islâmica.

Poder judicial deixa avisos aos candidatos presidenciais no Irão
Notícias ao Minuto

16:29 - 30/05/21 por Lusa

Mundo Irão

Os iranianos serão chamados às urnas em 18 de junho para eleger o sucessor do Presidente Hassan Rohani, que está impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

"Os candidatos não devem cruzar as linhas vermelhas do sistema, nas suas campanhas e discursos", disse o procurador-geral de Teerão, Ali Alqassi-Mehr, citado pela Mizan Online, a agência oficial da Autoridade Judicária, cujo líder, Ebrahim Raissi, é o candidato favorito nas sondagens para as eleições presidenciais.

Alqassi-Mehr deixou mesmo uma ameaça, dizendo que qualquer ataque à "reputação" da Autoridade Judiciária será tratado "com firmeza".

Entre as outras "linhas vermelhas", não referidas pelo procurador-geral da capital, costumam figurar o questionamento do princípio da República Islâmica ou o princípio de "vélayat-é faqih" ("governo do jurisconsulto muçulmano"), que estabelece a tutela da autoridade religiosa sobre a política.

A campanha oficial para as eleições presidenciais começou na sexta-feira, em clima de descontentamento geral com a grave crise económica e social que o país enfrenta.

Raissi, é o favorito nas sondagens -- depois de ter obtido 38% dos votos em 2017, contra o atual Presidente, Hassan Rohani -- e beneficia da invalidação de várias candidaturas, tendo como adversários quatro outros candidatos igualmente ultraconservadores e dois reformadores (sem grande popularidade).

O líder supremo da República Islâmica, aiatola Ali Khamenei, definiu os limites do debate presidencial na quinta-feira, ordenando os candidatos a concentrarem-se nas questões económicas, como o desemprego juvenil ou os "meios de subsistência das classes desfavorecidas", dois temas preferidos de Raissi.

Há vários meses que as autoridades vêm pedindo uma participação em massa nas eleições, quando as poucas projeções disponíveis sugerem uma abstenção muito forte, após a percentagem recorde de 57% registada nas eleições legislativas de fevereiro de 2020.

Em comentários amplamente divulgados pelos 'media' iranianos, o general Hossein Achtari, comandante-chefe da polícia iraniana, ameaçou na sexta-feira com processos judiciais todos aqueles "que violam os padrões eleitorais" e que "encorajam as pessoas a não votarem".

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