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Europa quer combater desigualdades de género "devastadoras" em África

A comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, disse hoje que o bloco europeu vai empenhar-se na igualdade de género em África para combater situações "devastadoras".

Europa quer combater desigualdades de género "devastadoras" em África
Notícias ao Minuto

12:10 - 28/05/21 por Lusa

Mundo África

"As mulheres e as raparigas estão no centro dos nossos esforços" na construção de um futuro melhor, disse Urpilainen, num fórum sobre cooperação com África, alertando que duas em cada três raparigas da região subsaariana são afastadas da instrução primária.

"Isto é devastador para as raparigas, mas também para o desenvolvimento a longo prazo. Temos de fazer mudanças e vamos fazê-lo", disse a comissária europeia para as Parcerias Internacionais, reforçando a ideia de que África é uma "prioridade geopolítica" para o bloco europeu. 

"A nossa nova parceria com África vai ser inovada e transformada", disse ainda Urpilainen, referindo-se também ao papel desempenhado pelas organizações não-governamentais na cooperação com o continente africano.

"A cimeira que vai realizar-se no próximo ano vai ser crucial. O Fórum da Sociedade Civil União Europeia-África vai ser particularmente importante", considerou.  

A finlandesa Jutta Urpilainen enviou uma declaração registada em vídeo para o fórum "Uma Parceria de Iguais: Relações África-UE num mundo cada vez mais complexo" organizado pela Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento que decorre de forma remota através da internet com participantes de países dos continentes europeu e africano.

Na mesma declaração, a comissária enfatizou que a União Europeia vai continuar a contribuir e a fortalecer a condição das mulheres e das crianças tendo anunciado que 85% das ações incluídas no orçamento "de longo prazo" estão destinadas a promover a igualdade de género.

No âmbito da parceira com o continente africano e além das preocupações demonstradas sobre a situação das mulheres e raparigas, a comissária europeia para as Parcerias Internacionais garantiu igualmente maior empenhamento pela participação efetiva dos mais jovens.       

"Quero garantir que os cidadãos mais jovens sejam ouvidos e façam parte do processo de decisão", afirmou a comissária referindo-se à próxima nomeação de um conselheiro especial da União Europeia para a Juventude.

"Vamos ouvir a juventude porque o que estamos a tentar construir é o futuro dos jovens", disse ainda, reforçando os esforços sobre criação de uma estrutura que faça ouvir as vozes dos mais novos: Plano Europeu para a Juventude.

No fórum participam, entre outros, Ana Patrícia Fonseca, presidente da Plataforma Portuguesa das ONGD, Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Portugal e Awad Sakine Ahmat, representante Permanente da União Africana junto da União Europeia e Estados ACP (África, Caraíbas e Pacífico).

Leia Também: Covid-19. África tem urgência de 20 milhões de segundas doses da vacina

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