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Deslocados acusam forças armadas de "tortura" e "morte" no Tigray

Vários deslocados na região etíope de Tigray acusaram soldados de "rapto, tortura e, em alguns casos, assassínio", segundo um relatório de agências das Nações Unidas e de organizações não-governamentais (ONG), citado pela France Presse.

Deslocados acusam forças armadas de "tortura" e "morte" no Tigray
Notícias ao Minuto

17:54 - 27/05/21 por Lusa

Mundo Etiópia

O documento, concluído esta semana, diz respeito a campos para deslocados na cidade de Sheraro, no noroeste de Tigray, perto da fronteira com a Eritreia.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse, na quarta-feira, que estava "profundamente alarmado" com as detenções de centenas de pessoas deslocadas em campos no Tigray, onde o exército federal conduz uma operação militar há seis meses.

Detenções, efetuadas na segunda-feira à noite por soldados da Etiópia e da vizinha Eritreia, tiveram como alvo os campos que se formaram perto da cidade de Shire, denunciou na terça-feira a Amnistia Internacional e várias testemunhas também citadas pela agência de notícias francesa.

Cerca de 200 pessoas deslocadas foram espancadas por soldados, que confiscaram os seus telefones antes de os carregarem em camiões, disse a investigadora da AI, Fisseha Tekle.

Entrevistas individuais com os deslocados destacaram um "grande e contínuo problema de segurança", bem como a "presença de forças armadas a operar em Tigray", segundo o relatório.

Os entrevistados relataram "alegações de violação contínua de raparigas e mulheres, tanto dentro como fora dos locais" que acolhem deslocados, bem como "rapto, tortura e, em alguns casos, assassínio de jovens homens pelas forças armadas", acrescenta o documento.

O relatório foi elaborado pelo Coletivo de Proteção da Etiópia, que inclui agências da ONU, organismos governamentais e ONG locais e internacionais.

O documento não especifica que forças armadas são acusadas dos crimes, mas Sheraro está largamente sob controlo eritreu, de acordo com as ONG de ajuda humanitária que operam em Tigray.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, lançou uma operação militar em 04 de novembro contra as autoridades da Frente de Libertação do Povo do Tigray (TPLF), em conflito com o governo federal.

Os combates continuam na região, onde a situação humanitária crítica está a alarmar a comunidade internacional.

Leia Também: Etiópia anuncia a morte de 22 membros da administração interina no Tigray

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