"Bomba pode ser ativada em Vílnius", disseram bielorrussos a piloto
Autoridades bielorrussas indicaram que receberam um e-mail com uma ameaça de bomba assinada pelo movimento palestiniano Hamas, que desmentiu esta terça-feira essa informação.
© Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
Mundo Roman Protasevich
Os controladores aéreos bielorrussos contactaram os pilotos do voo FR4978 da companhia aérea irlandesa Ryanair dizendo-lhes que tinham uma bomba a bordo, e sugerindo que fizessem um desvio para Minsk ao invés de seguirem para o destino, de acordo com a transcrição da interação revelada esta terça-feira pelo ministério dos transportes bielorrusso.
A tutela, que engloba o departamento de aviação, alega que aquela é a transcrição da conversa entre os controladores aéreos do país e o piloto do avião comercial da Ryanair.
"Temos informação dos nossos serviços secretos de que têm uma bomba a bordo e que poderá ser ativada quando sobrevoarem Vílnius", disse o controlo aéreo bielorrusso, desencorajando a continuação do voo para o destino - Vílnius, na Lituânia - e aconselhando o desvio para Minsk.
O piloto perguntou, depois, pela origem da ameaça de bomba, ao que as autoridades responderam que tinha sido um e-mail enviado ao aeroporto de Minsk.
Já esta terça-feira, Minsk afirmou que foi o piloto do Boeing 737-800 da Ryanair quem "tomou a sua própria decisão de aterrar no Aeroporto Nacional de Minsk, sem qualquer pressão do lado bielorrusso", segundo um comunicado do Departamento de Aviação do Ministério dos Transportes da Bielorrússia.
A Bielorrússia insiste ainda que, a 23 de maio, o aeroporto de Minsk recebeu um e-mail com uma ameaça de bomba assinada pelo movimento palestiniano Hamas, que desmentiu hoje tal informação.
O incidente com o avião levou a União Europeia (UE) a aprovar novas sanções contra o regime bielorrusso na segunda-feira, incluindo o encerramento do espaço aéreo para companhias aéreas bielorrussas e a suspensão de sobrevoo do espaço aéreo bielorrusso por as empresas de aviação europeias.
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