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Acordo comercial com UE? China recusa retirar sanções a eurodeputados

A China rejeitou hoje as exigências do Parlamento Europeu para que suspenda as sanções contra eurodeputados, como forma de salvar um acordo comercial entre os dois lados.

Acordo comercial com UE? China recusa retirar sanções a eurodeputados
Notícias ao Minuto

12:37 - 21/05/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse que as sanções eram justificadas e exigiu que o lado europeu "pare imediatamente de interferir nos assuntos internos da China e abandone a sua postura de confronto".

"As sanções irracionais, impostas pela União Europeia (UE) geraram dificuldades nas relações China - UE. Isto é o que a China não quer ver, e a responsabilidade não é do lado chinês", defendeu Zhao, em conferência de imprensa.

O Parlamento Europeu alertou a China na quinta-feira que não ratificará o tão esperado acordo de investimento empresarial enquanto as sanções contra os deputados da UE permanecerem em vigor.

A China avançou com sanções depois de a UE, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos terem imposto sanções coordenadas contra autoridades chinesas por abusos dos Direitos Humanos na região de Xinjiang, no extremo oeste do país.

Entre os visados estão cinco membros do Parlamento Europeu - Reinhard Butikofer, Michael Gahler, Raphael Glucksmann, Ilhan Kyuchyuk e Miriam Lexmann.

O acordo de investimento foi acordado em dezembro e precisa da aprovação dos eurodeputados para entrar em vigor.

A UE espera que o acordo, conhecido como CAI, crie novas oportunidades de investimento para as empresas europeias na China, garantindo que estas podem competir em condições de igualdade e corrigir o desequilíbrio na balança comercial.

A China é o segundo maior parceiro comercial da UE, atrás dos Estados Unidos, e o bloco é o maior parceiro comercial da China, de acordo com dados europeus.

A China e a Europa comercializam, em média, mais de mil milhões de euros por dia.

Zhao reiterou a posição da China de que o acordo é "equilibrado", beneficiando ambos os lados, ao invés de um "presente ou favor concedido por um lado ao outro".

"A China sempre foi sincera na promoção da cooperação entre os dois lados e esperamos que o lado europeu se mova na mesma direção que nós, com menos explosão emocional e pensamento mais racional, e tome a decisão certa para os seus próprios interesses", disse.

Leia Também: Pequim pede à UE para evitar "confrontos" sobre acordo comercial

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