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Colômbia: Manifestações de entram no 22.º dia seguido sem incidentes

Diversas concentrações, onde se incluíram atividades artísticas, assinalaram hoje o início em diversas cidades colombianas dos protestos contra o governo para exigir alterações às suas políticas.

Colômbia: Manifestações de entram no 22.º dia seguido sem incidentes
Notícias ao Minuto

18:46 - 19/05/21 por Lusa

Mundo Colômbia

Esta nova jornada de protesto foi convocada pelo Comité Nacional do Desemprego, onde confluem sindicatos, organizações sociais e professores, que exigem ao Governo de direita um vasto conjunto de medidas, discutidas hoje em Bogotá entre as duas partes e com nova reunião agendada para quinta-feira.

Os primeiros manifestantes começaram por reunir-se hoje em vários pontos de Bogotá, a capital, em particular no Parque Nacional, desfilando de seguida até à praça Bolívar, o centro do poder político do país.

Entre músicas e discursos contra o Presidente colombiano Iván Duque, os manifestantes prosseguiriam o protesto ao som de música tradicional e de bailes, noticiou a agência noticiosa Efe.

Outros manifestantes terminaram o seu percurso nos Los Héroes, um monumento em memória dos soldados da Independência dos países bolivarianos durante as guerras que conduziram às independências face a Espanha na segunda década do século XIX.

No 22.º dia de protestos, os milhares de manifestantes continuam a exigir ao Governo que adote medidas contra a violência policial, que segundo diversas organizações sociais já provocaram 43 mortos, "presumivelmente por parte da polícia".

À semelhança do que sucedeu em 28 de abril, o início das grandes marchas de protesto por todo o país, os manifestantes insistem na rejeição da reforma do sistema de Saúde em discussão no Congresso e que prevê privatizações, exigem mais oportunidades de trabalho e educação para os jovens.

Em Cali, a capital agroindustrial da província de Valle del Cauca e a cidade que registou mais ações de violência, os protestos começaram hoje sem incidentes.

O presidente do município, Jorge Iván Ospina, confirmou que os agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) da polícia não vão estar perto das manifestações, substituídos por representantes sociais que, em caso de conflito, tentarão servir de mediadores.

Na terça-feira Ospina pediu a renúncia de todo o seu gabinete, decisão justificada nas redes sociais pelos "momentos que pedem verdadeiras transformações, o aumento das capacidades e a recuperação da confiança", e considerou que "o maior desafio" consiste numa "solução nacional com garantias".

Em Medellín, capital da província de Antioquia, os desfiles também se iniciaram de forma pacífica. Na terça-feira, chegaram a esta cidade representantes de diversas comunidades indígenas (minga), para se reunirem com o edil local, Daniel Quintero, e apresentar as suas reivindicações.

"A minga é um ato de paz e de vida, que motiva o diálogo, não o vandalismo e a violência. O nosso apelo é um apelo à paz, e essa será a nossa bandeira em Medellín", escreveu nas redes sociais a Organização Indígena de Antioquia (OIA).

A Efe precisou que em Cartagena e Barranquilla, as suas principais cidades do Caribe, as marchas iniciaram-se também sem incidentes, mas provocaram engarrafamentos em diversas avenidas.

Leia Também: Colômbia. Manifestantes exigem reforma da polícia após repressão violenta

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