No dia 12 de janeiro, menos de uma semana depois da insurreição no Capitólio, levada a cabo por apoiantes de Donald Trump, Daniel Warmus estava no consultório de um dentista, em Nova Iorque, a gabar-se sobre ter fumado marijuana dentro da sede do Congresso norte-americano, sobre ter desobedecido às ordens de um agente da polícia para se retirar e, até, a mostrar vídeos do motim.
Um outro paciente "ouviu Warmus a falar das suas experiências no dentista" e alertou a polícia federal norte-americana (FBI), tendo fornecido a sua identificação.
Warmus, de 37 anos de idade, foi alvo de uma investigação que concluiu com a sua detenção, na terça-feira, em Buffalo, juntando-se, assim, às mais de 410 pessoas detidas no âmbito do motim, desde o dia 6 de janeiro, noticia o Washington Post.
O suspeito foi acusado com entrada violenta e conduta inapropriada no Capitólio, entrada e permanência num espaço restrito sem autorização legal e tentativa propositada de interromper ou prejudicar o funcionamento do Congresso.
Vários apoiantes do antigo presidente dos Estados Unidos Donald Trump invadiram o Capitólio na tentativa de impedir a confirmação da vitória de Biden, depois de um comício em que o republicano os instou para "recuperarem o país". Este foi um dos capítulos finais da tentativa de Trump de desacreditar e inviabilizar os resultados eleitorais.
O antigo líder republicano exortou, na terça-feira, os congressistas republicanos a oporem-se à criação de uma comissão para investigar o ataque ao Capitólio.
Recorde-se que, pelo menos, cinco pessoas, incluindo um polícia do Capitólio, morreram como resultado da insurreição.
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