Hungria rejeita qualquer "declaração tendenciosa" da UE sobre Israel

A Hungria, que recusou hoje apoiar uma declaração da União Europeia (UE) de apelo ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, criticou este género de posições, considerando-as "parciais e desequilibradas".

Peter Szijjarto

© Getty Images

Lusa
18/05/2021 18:53 ‧ 18/05/2021 por Lusa

Mundo

Faixa de Gaza

 

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"Tenho um problema geral com as declarações europeias sobre Israel. (...) Não ajudam muito, especialmente nas atuais circunstâncias, quando as tensões são tão altas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, em entrevista à agência francesa de notícias AFP, à margem de uma visita a Paris.

Szijjarto falava à AFP enquanto os seus homólogos da UE se reuniam de emergência sob a égide do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. 

Borrell, ressalvando a rejeição da Hungria, disse falar em nome de 26 dos 27 Estados-membros para exigir a "cessação imediata de toda a violência" no conflito israelo-palestiniano.

Desde 10 deste mês, no início da nova onda de violência armada entre o Estado judeu e grupos em Gaza, morreram pelo menos 230 pessoas, a grande maioria palestinianos.

"O objetivo é proteger os civis e permitir o acesso de ajuda humanitária a Gaza", disse Borrell.

Nas declarações à AFP, Szijjarto pediu à União Europeia que favoreça o "pragmatismo" em vez das "lições morais", depois de Budapeste ter usado recentemente o veto para bloquear uma declaração comum da UE sobre a China.

"Nos últimos meses e anos, a UE anunciou oito textos [sobre este assunto]. Pergunto: eles tornaram possível mudar as coisas na China?", afirmou o chefe da diplomacia húngara.

"Não. Então, por que deveríamos fazer um nono? Para apelar a menos julgamentos, menos lições morais, menos críticas e menos interferência? Não, o que é preciso é uma cooperação mais pragmática" de Bruxelas, sustentou.

Leia Também: UE exige cessar-fogo imediato entre Israel e Palestina, Hungria abstém-se

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