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Migrações: Le Pen diz que Ceuta demonstra que UE é um "buraco"

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, afirmou hoje que o afluxo maciço de migrantes a Ceuta ilustra que a política da União Europeia (UE) é um "buraco" e pediu para que se ponha termo à situação.

Migrações: Le Pen diz que Ceuta demonstra que UE é um "buraco"
Notícias ao Minuto

14:29 - 18/05/21 por Lusa

Mundo Migrações

"Ao contrário das palavras tranquilizadoras dos nossos líderes, a UE é um buraco por onde todos entram. Isso tem de parar", escreveu Le Pen numa mensagem na rede social Twitter.

Na mensagem, Le Pen associa uma informação do jornal Le Parisien em que se afirma que pelo menos 5.000 migrantes, mil deles menores, entraram segunda-feira na cidade espanhola de Ceuta a nado ou a pé, quando a maré baixa o permitiu.

A presidente da União Nacional (RN, na sigla em francês) e candidata às presidenciais francesas de 2022 faz do combate à imigração uma das estratégias políticas que apresenta como um "fenómeno descontrolado".

Outra é a crítica à UE, que censura pelas políticas "supostamente liberais" também em matéria de imigração, que têm como uma das consequências "a islamização da sociedade".

No início de 2020, quando a Turquia anunciou que iria abrir as portas para que os migrantes (maioritariamente sírios) que alojava no país pudessem entrar no espaço europeu, Le Pen exortou os 27 a reverter a sua política e a apoiar a Grécia para salvaguardar a identidade europeia.

Hoje, o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, referiu que cerca de 2.700 dos 6.000 migrantes que entraram ilegalmente em Ceuta nas últimas horas já foram devolvidos a Marrocos.

Numa conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros em que a questão foi tratada, Marlaska disse que o Governo está a colocar desde o primeiro momento todos os meios necessários para proteger os cidadãos de Ceuta e devolver "através dos canais estabelecidos" aqueles que estão a entrar ilegalmente na cidade autónoma. 

"Ceuta é tanto Espanha como Madrid, Sevilha ou Barcelona", disse o ministro, que salientou que o executivo "não desistirá nem por um minuto" de tentar inverter a situação e continuará a "ser enérgico na defesa das fronteiras".

O ministro do Interior (Administração Interna) espanhol assegurou que o executivo de Madrid irá proceder à "devolução imediata" das pessoas que estão a entrar "ilegalmente" no país.

A fronteira que separa o território autónomo espanhol de Ceuta do reino de Marrocos registou hoje novas entradas de cidadãos marroquinos "por mar" tendo o exército de Espanha mobilizado efetivos para o local.

Pelo menos 5.000 migrantes, incluindo 1.000 menores, já tinham chegado a Ceuta na segunda-feira ao longo do dia, tratando-se, segundo as autoridades espanholas, de um número "recorde".

Leia Também: Espanha já devolveu a Marrocos 2.700 pessoas que entraram em Ceuta

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