O chefe da diplomacia dos EAU referiu-se aos chamados Acordos de Abraão, rubricados em agosto de 2020 pelos Emirados e o Bahrein e, mais tarde, o Sudão e Marrocos, que visavam estabelecer relações com Israel, num tratado mediado por Washington.
"Os Acordos de Abraão trazem esperança aos povos da região para viverem em paz e estabilidade, de uma forma que contribui para o desenvolvimento sustentável em todas as sociedades (...), enquanto os conflitos e as guerras conduzem à destruição e ao caos", disse o ministro dos EAU, Abdullah bin Zayed al Nahyan, ao homólogo norte-americano, Anthony Blinken.
O telefonema entre os chefes da diplomacia destes países aliados surge no meio da ofensiva contra a Faixa de Gaza, que já provocou mais de 200 mortos.
Os Emirados evitaram críticas diretas a Israel, como o país árabe que mais desenvolveu relações com o Estado judaico, embora tenha condenado a escalada da violência no enclave palestiniano, sem responsabilizar ninguém.
Contudo, o conselheiro diplomático do Presidente dos Emiratos Árabes Unidos, Anwar Gargash, disse anteriormente que "tanto a liderança emirati como o povo são solidários com a causa palestiniana", salientando que a prioridade é "pôr fim à violência contra civis e agir politicamente para pôr fim à ocupação", sem citar Israel.
No domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, e da Palestina, Riyad al Malki, consideraram que o estabelecimento de laços entre os países árabes e Israel, em finais de 2020, encorajou o governo israelita a "escalar as suas agressões contra os palestinianos" em Jerusalém Oriental e Gaza.
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