Rússia condena ataques entre Israel e Palestina e apela ao diálogo
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, condenou hoje os ataques militares que decorrem há uma semana entre Israel e a Palestina e apelou às partes para que acabem com as hostilidades e reiniciem conversações diretas.
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Mundo Médio Oriente:
"Para que as conversações diretas recomecem é necessário o fim da violência entre todas as partes. Nós condenamos tanto os ataques lançados contra áreas residenciais a partir da Faixa de Gaza como os ataques inadmissíveis contra objetivos civis na Palestina", disse Lavrov, numa conferência de imprensa, em Moscovo.
A nova escalada no conflito israelo-palestiniano, que começou há precisamente uma semana, já provocou, na Faixa de Gaza, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.
Do lado israelita foram contabilizadas 10 mortes, entre elas a de dois menores, numa altura em que continuam os ataques de ambas as partes sem que se vislumbre um sinal de tréguas.
"Já se fizeram ouvir apelos suficientes para o fim imediato das hostilidades e para o reinício das conversações", sublinhou Lavrov, valorizando os esforços do Egito, que só não obtiveram êxito porque "os dois lados continuam a querer castigarem-se".
Lavrov deu as "boas-vindas" ao Conselho de Segurança da ONU, que, domingo, "começou, finalmente, a discutir o conflito em público".
"Agora, tudo dependerá da disposição para o diálogo das duas partes e da sua boa vontade" para reduzir as tensões", acrescentou o chefe da diplomacia russa.
Lavrov recordou que a Rússia tentou mediar o conflito israelo-palestiniano há vários anos e disponibilizou as condições para um diálogo direto e sem condições prévias, algo que não se concretizou por "falta de vontade das partes".
"Vamos fazer todos os possíveis para os ajudar a chegar a um acordo, travar esta fase aguda do conflito e ainda para que se retomem o mais rapidamente possível as conversações diretas", referiu.
Por seu lado, o Quarteto para o Médio Oriente, composto pela União Europeia (UEE), Rússia, Estados Unidos e Nações Unidas, realizou uma reunião por videoconferência de emergência na véspera para tratar das medidas necessárias para a cessação imediata do conflito e das medidas a tomar para proteger a população civil, informou o ministério russo.
Segundo o ministério chefiado por Lavrov, as partes "confirmaram a necessidade de estrito cumprimento do Direito Internacional Humanitário".
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