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União Europeia reabre a sua delegação na Líbia

A União Europeia (UE) reabriu hoje a sua delegação na Líbia, depois de mais de cinco anos encerrada devido à guerra civil que atinge este país desde 2014, que já causou cerca de 10.000 mortos e milhares de feridos.

União Europeia reabre a sua delegação na Líbia
Notícias ao Minuto

13:32 - 17/05/21 por Lusa

Mundo Líbia

A abertura da delegação da UE em Trípoli demonstra os "enormes progressos que nos permitirão trabalhar de forma mais direta e eficaz com as autoridades líbias, a sociedade civil e os nossos parceiros", disse hoje, num comunicado divulgado nas redes sociais, o embaixador da UE na capital da Líbia, José Sabadell.

"Pessoalmente, estou muito animado por estar, de forma permanente, [em Trípoli] com a minha equipa e olhar para o futuro numa nova base", disse Sabadell, que assumiu o cargo em 2019 e trabalhava a partir da Tunísia, como o resto dos embaixadores dos países europeus.

Nos últimos anos, apenas a Turquia e alguns países árabes como a Tunísia ou o Egito mantiveram os seus consulados abertos em Trípoli, apesar dos combates.

A ONU e as suas agências têm trabalhado duramente entre a Tunísia e a Líbia, com equipas que viajaram por curtos períodos.

A França já anunciou a reabertura da sua embaixada na Líbia em março passado como medida de apoio ao novo processo de reconciliação.

A abertura da delegação da UE, que deverá servir de incentivo a outras embaixadas, acontece apenas oito meses depois dos dois governos que havia no país - um apoiado pela ONU em Trípoli e outro liderado pelo marechal Khalifa Haftar no leste do país -- terem aceitado uma trégua proposta pela Turquia e pela Rússia, os dois países mais influentes no conflito líbio.

O primeiro-ministro interino, Abdel Hamid Dbeibah, admitiu, há alguns dias que, embora haja um rápido progresso nos aspetos políticos e económicos, não é o caso da parte militar, em particular do programa de desarmamento das milícias e da criação de um exército unificado.

A Líbia é um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, após a queda em 2011 do regime do Presidente Muammar Khadafi.

Desde março passado, o poder está nas mãos do GAN - eleito pelo Fórum para o Diálogo Político da Líbia (FDPL), um órgão criado pela ONU -- que deve unificar o país, manter o cessar-fogo e liderá-lo até as eleições legislativas marcadas para 24 de dezembro.

Nos últimos cinco anos, a Líbia tornou-se um local de contrabando e o motor de uma economia paralela no Norte de África e no Sahel, que prospera com a venda ilegal de combustível, armas e alimentos, empregando milhares de pessoas e tornando as suas costas a principal via para a migração irregular no Mediterrâneo Central, a rota de migração mais mortal do mundo.

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