Arménia vai aderir a aliança militar regional dirigida pela Rússia

O primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, indicou hoje a adesão do país a uma aliança militar regional dirigida pela Rússia, após ter acusado o Azerbaijão de se infiltrar na Arménia para conquistar territórios.

Bandeira da Arménia

© Reuters

Lusa
14/05/2021 13:56 ‧ 14/05/2021 por Lusa

Mundo

Aliança

 

A decisão sobre a adesão à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (ODKB) surgiu após um contacto, na noite de quinta-feira, com o Presidente russo, Vladimir Putin, indicou a página digital da presidência arménia.

Este acordo prevê consultas destinadas a "afastar as ameaças" contra a integridade territorial de um Estado membro.

Por sua vez, o Kremlin indicou que Putin insistiu na necessidade de a Arménia e o Azerbaijão respeitarem o acordo de cessar-fogo assinado sob o seu patrocínio em novembro passado, após seis semanas de guerra mortífera pelo controlo da região de Nagorno-Karabakh.

Na quinta-feira, Pachinian acusou as forças azeris de terem violado a fronteira para assumir o controlo de territórios nas margens do "Sev lich" (Lago negro), na nova fronteira entre os dois países do Cáucaso do Sul, imposta após a perda pela Arménia de 70% dos territórios que controlava na disputada região do Nagorno-Karabakh.

Baku rejeitou estas afirmações qualificadas de "delirantes", afirmando ter deslocado guardas fronteiriços no seu território.

Os Estados Unidos já manifestaram inquietação pelo regresso das tensões e a França exigiu a "retirada imediata das tropas azeris de território arménio".

As hostilidades entre a Arménia e o Azerbaijão foram retomadas em setembro de 2020 em torno do enclave do Nagorno-Karabakh, situado em território azeri, mas com maioria de população arménia, tendo já provocado cerca de 6.000 mortos.

O cessar-fogo negociado pelo Presidente russo consagrou a vitória do Azerbaijão, que garantiu importantes ganhos territoriais e permitiu a permanência, agora mais fragilizada, da região independentista do Nagorno-Karabakh.

Leia Também: Reconhecimento de genocídio pelos EUA recebido em êxtase na Arménia

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