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Bachelet diz que vacinas são a "nova fronteira no caminho da igualdade"

A alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, denunciou hoje perante a Organização Mundial da Saúde (OMS) a desigualdade na distribuição das vacinas contra a covid-19, que impõe novas fraturas entre ricos e pobres.

Bachelet diz que vacinas são a "nova fronteira no caminho da igualdade"
Notícias ao Minuto

16:57 - 13/05/21 por Lusa

Mundo ONU

"As vacinas converteram-se tristemente na nova fronteira no caminho em direção à igualdade, demonstrando que a fratura entre ricos e pobres é maior que nunca", sublinhou no decurso de um fórum de peritos e cientistas organizado de forma virtual pela OMS e no qual participaram mais de 1.900 especialistas de todo o mundo.

A principal responsável de Direitos Humanos das Nações Unidas recordou que mais de 80% das doses administradas até ao momento à escala mundial ocorreram nos países mais ricos, enquanto apenas 1,3% chegaram às economias com rendimentos mais baixos.

"Esta orientação é ineficaz no contexto de uma pandemia mundial, que demonstrou que apenas existe uma forma de sair desta crise, de uma forma coletiva", assinalou a ex-presidente do Chile.

Bachelet também manifestou perante a OMS o seu apoio explícito à suspensão temporária das patentes que se aplicam às vacinas contra a covid-19, uma semana após o Governo norte-americano presidido por Joe Biden ter adotado idêntica posição, com a perspetiva de uma negociação sobre uma liberalização comercial.

Esta suspensão, que deverá ser discutida na Organização Mundial do Comércio (OMC) "aumentaria a produção local e a distribuição do programa Covax, servindo os milhares de milhões de pessoas que estão a ficar para trás no acesso às vacinas", prosseguiu a alta-comissária.

Bachelet acrescentou que a pandemia "demonstrou a importância de fortes sistemas de saúde pública, com cuidados de qualidade acessíveis e exequíveis para todo o mundo", mas insistiu que a principal prioridade consiste numa cobertura sanitária universal.

"Em todas as regiões do mundo, as pessoas que já eram vulneráveis, aquelas cujas vozes foram historicamente e sistematicamente silenciadas, estão em maior risco de morrer da covid-19, e foram atingidas da pior forma pelas suas consequências sociais e económicas", concluiu.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.999 pessoas dos 840.929 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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