É, com certeza, um alerta fora do normal, mas foi feito. Os médicos indianos apelaram aos cidadãos para que não usem excremento de vaca como prevenção contra a Covid-19, uma vez que - para além de ser uma medida severamente contrária à profilaxia, contribuindo para a dispersão de doenças - não há qualquer evidência científica para o efeito.
A prática é levada a cabo no estado de Gujarate, no extremo oeste da Índia, onde alguns populares se dirigem a estábulos uma vez por semana para cobrir o corpo com excremento e urina de vaca, acreditando que lhes aumenta a imunidade contra o novo coronavírus ou, em caso de infeção, os ajuda a recuperar.
Os participantes colocam a mistura de urina e excrementos nos seus corpos e, enquanto esperam que seque, praticam ioga, para aumentar os níveis de energia. No final, lavam-se com leite, conforme pode ver na galeria acima, reunida pela Reuters.
Recorde-se que, à luz do hinduísmo, as vacas são um símbolo sagrado da vida e da Terra e os seus excrementos são usados, por alguns crentes, para limpar a casa e em rituais de oração, por se acreditar que tem propriedades terapêuticas e antissépticas.
A Índia registou esta quarta-feira 4.205 mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais alto desde o início da pandemia.
O país, a braços com uma segunda vaga que dura há mais de um mês, totaliza agora 254.197 mortes desde o início da pandemia e mais de 22,6 milhões de casos confirmados, com especialistas a indicar que os números reais poderão ser cinco a dez vezes mais elevados.
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