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UNICEF condena "veementemente o terrível" ataque em escola de Cabul

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) condenou o ataque à bomba numa escola feminina de Cabul, que fez hoje pelo menos 30 mortos e 79 feridos, apelando ao cumprimento dos Direitos Humanos.

UNICEF condena "veementemente o terrível" ataque em escola de Cabul
Notícias ao Minuto

21:43 - 08/05/21 por Lusa

Mundo UNICEF

"A UNICEF condena veementemente o terrível ataque que ocorreu hoje, perto da escola secundária Sayed Ul-Shuhada", expressou a diretora executiva desta organização das Nações Unidas, Henrietta Fore, que acrescentou: "O ataque tirou a vida a dezenas de crianças em idade escolar, a maioria delas meninas, e feriu gravemente muitas outras".

A explosão ocorreu no início da tarde, no exterior do portão da escola, quando as jovens saíam das aulas.

"A violência nas escolas ou perto delas nunca é aceitável. As escolas devem ser refúgios de paz onde as crianças possam brincar, aprender e socializar com segurança", frisou a diretora-executiva da UNICEF, sublinhando que as crianças "nunca devem ser os alvos da violência".

Henrietta Fore realçou que a UNICEF "continua a apelar a todas as partes" que "cumpram os Direitos Humanos internacionais e as leis humanitárias, bem como garantam a segurança e proteção de todas as crianças".

O ataque teve lugar numa área habitada principalmente pela minoria xiita Hazara, um alvo comum dos ataques islamistas, como o que aconteceu em outubro passado, no mesmo bairro e noutra escola, que provocou 24 mortos e 57 feridos.

Essa explosão ocorreu quando os seguranças da escola identificaram "um bombista suicida a pé", que detonou os explosivos que transportava quando lhe foi negado o acesso ao estabelecimento de ensino.

Há um ano, ainda no mesmo bairro, foi também atacada uma maternidade em que 16 pessoas foram mortas, incluindo, segundo as autoridades na altura, "dois recém-nascidos, mães de recém-nascidos e parteiras".

Embora o ataque de hoje ainda não tenha sido reivindicado, os indícios parecem apontar para o grupo radical Estado Islâmico (EI), que normalmente reivindica estes ataques contra os Hazara, que considera apóstatas.

Os talibãs, que se distanciaram do atentado através de uma declaração, condenaram o ataque a civis e culparam "círculos sinistros que, em nome do EI, operam sob as asas e a cobertura dos serviços de informação da administração de Cabul".

Em contrapartida, o Presidente afegão, Ashraf Ghani, culpou diretamente os talibãs.

O chefe de Estado considerou o ataque "um crime contra a humanidade e os princípios islâmicos" e disse que os talibãs, mesmo neste mês sagrado do Ramadão, não se inibem de matar civis, "atacando impiedosamente locais públicos e escolas de raparigas".

Ghani deu instruções às forças de segurança para que "respondam" de forma vigorosa a esta ação dos talibãs.

Os níveis de violência têm vindo a aumentar no Afeganistão, especialmente durante a última semana, depois de, em 01 de maio, ter terminado o prazo acordado entre os talibãs e os Estados Unidos para que as tropas estrangeiras deixassem o país.

A nova administração norte-americana adiou a data de retirada das tropas internacionais presentes no Afeganistão para 11 de setembro.

Leia Também: Ataque à bomba contra escola feminina em Cabul faz 30 mortos e 79 feridos

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