"Desde o primeiro dia (do seu estabelecimento na Palestina, então sob mandato britânico, na primeira metade do século XX), os sionistas transformaram a Palestina ocupada numa base para o terrorismo", afirmou o ayatollah Khamenei, num discurso transmitido pela televisão.
"Israel não é um país, mas uma base terrorista contra a nação palestiniana e as outras nações muçulmanas. Combater este regime despótico é lutar contra a opressão e o terrorismo e é o dever de todos", adiantou o líder supremo, que falava por ocasião do "Dia de Jerusalém" celebrado na República Islâmica na quarta sexta-feira do mês do Ramadão.
Khamenei criticou o "acordo do século", como foi designado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump no seu "plano de paz" para o Médio Oriente, saudado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mas rejeitado pelos palestinianos.
O ayatollah voltou também a condenar as recentes normalizações das relações entre Israel e vários países árabes.
"O fracassado 'acordo do século' e as tentativas de normalização das relações entre o regime de ocupação (Israel) e alguns governos árabes fracos são ações cobardes para escapar ao pesadelo (que é para eles) a unidade dos muçulmanos", declarou Khamenei.
"Digo-o com veemência: estes esforços não levarão a lugar algum. O declínio e o movimento do regime sionista em direção à queda começaram e não vão parar", afirmou.
A República Islâmica instaurada no Irão em 1979 não reconhece o Estado de Israel proclamado em maio de 1948 após o seu reconhecimento por uma resolução das Nações Unidas.
O apoio demonstrado por Teerão à causa palestiniana tem sido uma constante da política externa iraniana.