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Sindicato cabo-verdiano pede fecho de escolas devido ao aumento de casos

O Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) de Cabo Verde exortou hoje o Ministério da Educação a encerrar todas as escolas do país devido ao agravamento de casos de covid-19 no último mês e pede a vacinação dos professores.

Sindicato cabo-verdiano pede fecho de escolas devido ao aumento de casos
Notícias ao Minuto

15:47 - 06/05/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Numa nota publicada na sua página oficial na rede social Facebook, o sindicato cabo-verdiano sublinhou que o encerramento das aulas no ano letivo anterior foi "uma medida assertiva" que levou à diminuição dos casos de covid-19 no país.

Entretanto, a mesma fonte constatou que um ano depois os números de infeções não param de aumentar, assim como o número de mortos no último mês.

"Os casos de covid-19 nas escolas é uma realidade. Os números não param de crescer. As informações que temos é que são várias as escolas no país, em particular na Praia, onde há um grande registo de infeções", deu conta o Sindprof.

"Neste sentido, apelamos às delegações escolares no sentido de reverem, juntamente com as autoridades sanitárias esta situação, porque muitos dos nossos professores são de alto risco, assim como a chance de transmissão comunitária do vírus torna-se mais frequente a partir dos alunos", prosseguiu.

Segundo o sindicato, neste momento há muitos professores e alunos infetados, entendendo, por isso, que é preciso agir, "antes que seja tarde".

O sindicato defendeu ainda que já é hora de pensar na vacinação dos professores. "Grande parte dos professores acarretam sérios problemas de saúde, estando, também, neste momento, em perigo, já que trabalham com dezenas de alunos numa turma", apontou.

O Sindprof manifestou ainda a sua disponibilidade para cooperar com as delegações escolares e, também, com as autoridades sanitárias e da saúde.

Em declarações à agência Lusa na quarta-feira, a diretora nacional de Educação de Cabo Verde, Eleonora Sousa, deu conta que quatro escolas já foram encerradas temporariamente no país após surgimento de casos de covid-19 na comunidade educativa, mas descartou, para já, a hipótese de fechar todos os estabelecimentos do ensino a nível nacional.

A mesma responsável garantiu igualmente que o encerramento de quatro escolas, das quais duas já reabriram, não vai implicar alargamento do calendário do ano letivo, previsto para terminar em junho, exceto para o 12.º ano, que termina na próxima semana, seguindo-se os exames.

Na quarta-feira, Cabo Verde bateu novo recorde, com 417 casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando para 25.159 os casos positivos acumulados desde o início da pandemia no país, dos quais 229 pessoas morreram, 21.763 casos foram considerados recuperados e contabiliza 3.152 casos ativos.

O país tem registado valores máximos diários de novos infetados consecutivos desde 31 de março, praticamente todos os dias acima de 150, muito acima do máximo anterior de 159 novos casos, em 11 de outubro de 2020.

O Governo voltou a decretar em 30 de abril a situação de calamidade em todas as ilhas, exceto na ilha Brava, para 30 dias, agravando medidas de limitação de atividades com aglomerações de pessoas, face ao aumento dos novos casos de covid-19.

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, mostrou-se na segunda-feira preocupado com a banalização e normalização dos casos de covid-19 no país, alertando para o baixar da guarda e apelou para a manutenção do centro da atenção nos riscos.

"É verdade que não é possível manter os graus de alerta e mobilização a níveis altos durante muito tempo. Apesar do processo de vacinação em curso no país, o meu apelo vai para a manutenção do centro da atenção nos riscos que ainda corremos, nas mortes que ainda podemos evitar, e, para isso, é preciso continuar o trabalho de informar e de manter esta preocupação no topo das agendas", referiu.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.244.598 mortos no mundo, resultantes de mais de 155,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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