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EUA acusam Rússia de não querer solução para conflito com Ucrânia

O chefe da diplomacia norte-americana pediu hoje à Rússia para que deixe de ser agressiva em relação à Ucrânia e acusou Moscovo de "não querer participar na resolução do conflito" no leste da Ucrânia.

EUA acusam Rússia de não querer solução para conflito com Ucrânia
Notícias ao Minuto

13:00 - 06/05/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

"Esperamos que a Rússia pare com as ações perigosas e agressivas", disse Antony Blinken, durante um encontro em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, onde discutiram o recente envio por parte de Moscovo de um forte dispositivo militar para a fronteira entre os dois países, que, entretanto, está a ser retirado.

"Estamos cientes de que a Rússia retirou algumas das forças da sua fronteira com a Ucrânia. Mas sabemos que ainda há forças e equipamentos significativos lá", disse o secretário de Estado norte-americano, que prometeu trabalhar com a Ucrânia para que este país "se possa defender contra agressões" e acusando Moscovo de "não querer participar na resolução do conflito".

"A Rússia tem capacidade para tomar ações agressivas num curto período de tempo", explicou Blinken, dizendo que os Estados Unidos estão a acompanhar a situação "de perto".

O Presidente ucraniano airmou que a retirada de tropas russas da fronteira se está a fazer de "forma muito lenta", apesar das promessas do Kremlin de redução do dispositivo militar, anunciada em 23 de abril, após semanas de escalada de tensão entre os dois países.

"Consideramos que a redução está a acontecer de forma muito lenta, razão pela qual a ameaça ainda pode existir", disse Zelensky.

Durante semanas, Moscovo destacou dezenas de milhares de soldados para a zona de fronteira com a Ucrânia, alegando que estava apenas a realizar "exercícios militares" e explicando que era prerrogativa do país movimentar o seu exército como quisesse, dentro do seu território.

Mas as movimentações militares russas atraíram a atenção e a preocupação dos aliados ocidentais da Ucrânia, até porque os exercícios foram acompanhados de um ressurgimento de violência no conflito entre as forças ucranianas e movimentos separatistas pró-russos no leste do país e na península da Crimeia.

Estados Unidos, União Europeia e NATO multiplicaram as declarações de apoio a Kiev neste conflito, mas não acataram o pedido ucraniano de acelerar a entrada deste país na Aliança Atlântica, que seria interpretada como uma provocação por parte de Moscovo.

Zelensky agradeceu ao seu convidado norte-americano pelo apoio dos Estados Unidos no diferendo com a Rússia, dizendo que isso contribuiu muito "para deter a escalada" de tensões.

Antes de se reunir com Zelensky, Blinken tinha-se encontrado com o seu homólogo ucraniano, Dmitro Kuleba.

"É relevante que o meu colega e amigo Antony Blinken faça a sua primeira visita a esta parte da Europa, na Ucrânia", escreveu Kuleba na sua conta da rede social Twitter, no final do encontro.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, "o fortalecimento das relações entre a Ucrânia e os Estados Unidos, como aliados democráticos na Europa Central e no Mar Negro, é um contributo importante para a segurança e a prosperidade em todo o espaço euro-atlântico".

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