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Israel. Netanyahu apela a rejeição de "perigoso Governo de esquerda"

O primeiro-ministro cessante de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou hoje para a formação de "um perigoso governo de esquerda", após o Presidente Reuven Rivlin ter convidado o líder da oposição, Yair Lapid (centrista), para tentar formar um novo Governo.

Israel. Netanyahu apela a rejeição de "perigoso Governo de esquerda"
Notícias ao Minuto

21:24 - 05/05/21 por Lusa

Mundo Israel

De acordo com a agência espanhola EFE, Benjamin Netanyahu instou ainda o ultranacionalista Naftali Bennett a não negociar uma possível coligação rotativa com o líder centrista.

O mandato de Netanyahu para formar Governo expirou na noite passada, sem ser obtida a maioria mínima de 61 assentos parlamentares.

Diante do bloqueio político e após consultas efetuadas hoje com os diferentes partidos, Yair Lapid obteve 56 recomendações do bloco anti-Netanyahu, tendo sido, assim, incumbido pelo pelo Chefe de Estado de formar uma coligação de Governo.

Após o anúncio, Netanyahu reagiu com ataques diretos a Bennett e às suas ambições de se tornar primeiro-ministro num executivo rotativo com Lapid "a qualquer custo".

Lapid, do partido Yesh Atid (Há um Futuro), segunda força no parlamento, com 17 deputados, terá agora 28 dias para tentar obter o apoio de pelo menos 61 dos 120 parlamentares, o necessário para formar um executivo que tire Israel do longo impasse político e evite uma quinta eleição em apenas dois anos e meio.

Yair Lapid vai tentar formar um "governo de unidade nacional", reunindo a direita, o centro e a esquerda, e substituir Netanyahu.

O primeiro-ministro cessante, que enfrenta um julgamento por corrupção, tinha até às 23h59 locais (21h59 em Lisboa) de terça-feira para reunir todas as forças da direita do país ou chegar a acordo com islamitas para formar o próximo Governo.

O Likud (direita), de Netanyahu, foi o partido mais votado nas eleições legislativas de março, com 30 deputados, e o Presidente encarregou o primeiro-ministro cessante de formar o próximo Governo. 

Como o apoio dos seus aliados tradicionais, os ultraortodoxos, não era suficiente para reunir uma maioria de 61 deputados, o primeiro-ministro multiplicou os contactos nas últimas semanas para atingir aquele limiar, cortejando a formação da direita radical Yamina (sete deputados), de Naftali Bennett, e a coligação de extrema-direita Sionismo Religioso (seis parlamentares), de Bezabel Smotrich.

Netanyahu chegou a propor a Bennett, seu ex-ministro da Defesa e ardente defensor do desenvolvimento dos colonatos, que assumisse primeiro as funções de chefe de Governo no âmbito de um eventual acordo de rotação no poder.

Mas Bennett recusou, lembrando ao primeiro-ministro que precisa de mais apoios.

Juntando os partidos ultraortodoxos, as formações Yamina e Sionismo Religioso, Netanyahu conseguia 59 deputados, ainda abaixo da maioria.

Esta poderia ser obtida se conseguisse convencer o rebelde Gideon Saar, ex-Likud, que se lhe opõe ferozmente e cuja formação, a Nova Esperança, elegeu seis deputados, ou Mansour Abbas, líder do partido islâmico Raam, que conseguiu quatro.

Mansour não recusou apoiar um Governo de Netanyahu, mesmo sem dele fazer parte, mas, neste caso, seria a extrema-direita que não aceitaria participar num executivo apoiado pelos islâmicos.

Leia Também: Presidente israelita convida líder da oposição para formar Governo

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