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Mesmo com suspensão de aulas, Cabo Verde não prolonga ano letivo

Quatro escolas foram encerradas temporariamente em Cabo Verde após surgimento de casos de covid-19 na comunidade educativa, mas uma já reabriu, disse hoje fonte oficial, garantindo que não vai implicar alargamento do calendário do ano letivo.

Mesmo com suspensão de aulas, Cabo Verde não prolonga ano letivo
Notícias ao Minuto

15:34 - 05/05/21 por Lusa

Mundo Cabo Verde

As informações foram avançadas à agência Lusa pela diretora nacional de Educação de Cabo Verde, Eleonora Sousa, que indicou que uma das escolas que fechou foi na Boa Vista, para turmas do 7.º ao 11.º anos, por um período de 10 dias até 9 de maio.

"A medida foi tomada na sequência do aumento de casos de covid-19 nas referidas turmas. Já as aulas para as turmas do 12.º vão acontecer dentro da normalidade", informou na semana passada a delegação do Ministério da Educação da ilha.

Outra escola que continua encerrada é na ilha Brava, também por 10 dias, após o surgimento de casos de covid-19 em professores e alunos, bem como duas em Santo Antão, sendo uma no Porto Novo, que reabre na quinta-feira, e outra na Ribeira Grande, que já voltou a ter aulas.

A diretora nacional de Educação lembrou que as escolas recebem os alunos das diferentes comunidades e que o número de casos de covi-19 tem crescido em todo o país.

"Estes casos estão sendo tratados em articulação com o Ministério da Saúde, mais propriamente com as delegacias de saúde", sublinhou a mesma fonte, referindo que são esperados pelo menos 10 dias até se conhecerem as respostas aos testes feitos a alunos e professores.

"E podermos funcionar com a máxima segurança", sustentou Eleonora Sousa, sublinhando que as aulas presenciais estavam a correr bem desde outubro, mas garantiu que estes encerramentos temporários não vão implicar o alargamento do calendário escolar, que vai até finais de junho.

A exceção é o 12.º ano, em que as aulas terminam na próxima semana, seguindo-se depois os exames.

"Até porque isto iria pôr em causa o número de dias de férias dos professores", explicou a diretora nacional de Educação, prevendo iniciar o próximo ano letivo em 13 de setembro.

"Desejamos e esperamos que até lá a pandemia tenha aliviado um pouco para nós podermos funcionar da melhor forma possível", concluiu.

O ano letivo arrancou em Cabo Verde com cerca de 132 mil alunos nos diferentes níveis de ensino, praticamente o mesmo número do ano anterior, nomeadamente 20 mil alunos no pré-escolar, 80 mil no ensino básico (1.º ao 8.º ano) e os restantes no ensino secundário (9.º ao 12.º ano).

Devido à pandemia de covid-19, as aulas presenciais foram suspensas em março de 2020, no final do segundo período do ano letivo anterior, e foram retomadas em 01 de outubro em todo o país, com exceção da cidade da Praia, o principal foco de transmissão comunitária da doença.

Durante a suspensão, o Ministério da Educação implementou em alternativa um programa educativo denominado "Aprender e estudar em casa", com aulas na televisão, na rádio e noutras plataformas, para impedir a transmissão da doença.

Cabo Verde tem registado valores máximos diários de novos infetados consecutivos desde 31 de março, praticamente todos os dias acima de 150 e até ao pico de 409 casos em 28 de abril, muito acima do máximo anterior de 159 novos casos, em 11 de outubro de 2020.

O Governo voltou a decretar em 30 de abril a situação de calamidade em todas as ilhas, exceto na ilha Brava, para 30 dias, agravando medidas de limitação de atividades com aglomerações de pessoas, face ao aumento dos novos casos de covid-19.

O país conta com 24.742 casos positivos acumulados desde o primeiro infetado registado em 19 de março de 2020, dos quais 228 resultaram em óbito, 21.469 foram considerados recuperados da doença e tinha até terça-feira 3.030 casos ativos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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