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Ataque a aldeia de Kodyèl fez 25 mortos, 11 terroristas neutralizados
Pelo menos 25 pessoas, incluindo dois auxiliares civis alistados na luta anti-jihadista, foram mortas e 11 "terroristas neutralizados" na segunda-feira, durante um ataque a uma aldeia no Burkina Faso oriental, de acordo com um balanço provisório oficial divulgado hoje.
© iStock
Mundo Burkina Faso
"Na segunda-feira, 03 de maio de 2021, homens armados não identificados levaram a cabo um ataque terrorista na aldeia de Kodyèl (comuna de Foutouri, região oriental) perto da fronteira do Níger. O balanço provisório é de (...) 25 pessoas mortas, incluindo dois Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP)", segundo uma declaração do ministro das Comunicações, Ousséni Tamboura.
Os VDP são auxiliares civis envolvidos na luta anti-jihadista, ao lado das forças de defesa e segurança do Burkina Faso.
O governo "deseja saudar a bravura" destes voluntários "que impuseram uma resistência heroica ao inimigo, permitindo que onze terroristas fossem neutralizados", refere a declaração.
Três dias após o ataque, "estão (ainda) em curso operações para encontrar os bandidos responsáveis por estes atos bárbaros e cobardes contra pessoas inocentes, especialmente mulheres e crianças", disse Tamboura.
Na segunda-feira, um relatório provisório de um funcionário dos VDP na região oriental do Burkina Faso colocou o número de mortos em "20 a 30".
O funcionário disse que "este massacre poderia ter sido evitado", porque "tinham sido feitos avisos há alguns dias sobre a presença de terroristas na zona. Alguns indivíduos já tinham ameaçado os aldeões, que acusaram de os denunciar ou de encorajar os voluntários que os combatiam. Acrescentou que cerca de 15 pessoas tinham sido feridas.
O ataque foi um dos mais mortíferos desde o início das operações jihadistas no Burkina Faso, há seis anos.
Ocorreu uma semana após uma emboscada a uma unidade conjunta contra a caça furtiva na mesma região, na sequência da qual dois jornalistas espanhóis e um defensor da vida selvagem irlandês, inicialmente dado como desaparecido, foram "executados pelos terroristas", de acordo com as autoridades do Burkinaina.
País pobre da África Ocidental, o Burkina Faso tem sido flagelado desde 2015 por frequentes ataques jihadistas, como os seus vizinhos Mali e Níger, levados a cabo por grupos afiliados ao Estado islâmico ou à Al-Qaeda.
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