Estudo revela que subnotificação no Brasil "esconde" 30% dos óbitos
Conclusões da investigação, feita com base nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) sem origem identificada, poderia elevar o número de mortes no Brasil associadas à doença para mais de meio milhão.
© REUTERS/Ueslei Marcelino
Mundo Covid-19
Um estudo feito por um banco de dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) revelou que a subnotificação de casos mais graves e de mortes associadas à Covid-19 está a "esconder", no Brasil, pelo menos 30% das mortes, que não aparecem nas estatísticas oficiais e que poderão ser já mais de 500 mil.
Os resultados do estudo, levados a cabo pela Vital Strategies, com base no principal banco de dados brasileiro de SRAG, foram revelados esta terça-feira pela Folha de S. Paulo.
Para chegar a esta conclusão, os autores do estudo fizeram um levantamento dos casos e óbitos por SRAG desde o início da pandemia que aparecem nas estatísticas oficiais como "etiologia não especificada ou sem classificação final de Covid", ou seja, quando não foi possível identificar o causador da doença.
Estes dados foram confrontados com o histórico da SRAG dos anos anteriores à pandemia (2018 e 2019), tendo-se trabalhado com a média apurada.
Até ao último dia 19 de abril, os resultados indicaram um aumento de 57,4% de casos graves da síndrome respiratória e um aumento de 29,9% de mortes.
"Não há outra explicação para um aumento tão grande [de SRAG]", indicou uma das investigadoras, Ana Luiza Bierrenbach, apontando o novo coronavírus como a causa.
O número acumulado de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro de 2020, é agora de 14.856.888, segundo anunciou hoje o Ministério da Saúde, dos quais 411.588 acabaram por morrer. Tendo em conta as conclusões do estudo, o número real poderá já ter ultrapassado as 500 mil mortes.
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