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Bielorrússia: Opositores condenados a penas até 6 anos e meio de prisão

A justiça bielorrussa condenou hoje quatro opositores a penas entre seis e seis anos e meio de prisão por participarem em protestos e planearam o assalto a edifícios governamentais antes das contestadas eleições presidenciais de agosto de 2020.

Bielorrússia: Opositores condenados a penas até 6 anos e meio de prisão
Notícias ao Minuto

19:10 - 04/05/21 por Lusa

Mundo Bielorrússia

De acordo com a organização bielorrussa de direitos humanos Vesna, os quatro ativistas eram mandatários de Serguei Tijanovski, detido após anunciar a sua candidatura à presidência e marido da atual líder da oposição, Svetlana Tijanovskaya, exilada na vizinha Lituânia.

"O juiz confirmou tudo o que tinha sido pedido pelo procurador", assinalou a Vesna na sua página digital, referindo-se ao julgamento que decorreu na cidade de Gomel.

A maior pena, seis anos e meio, foi atribuída a Yuri Vlasov, também acusado de insultar agentes da polícia, enquanto Dmitri Ivashkov e Alexandr Shabalin foram sentenciados a seis anos numa prisão de alta segurança.

A quarta condenada, Tatiana Kanévskaya, terá de passar seis anos numa prisão de segurança média, apesar de ser responsável por um menor deficiente, segundo a mesma fonte.

Os quatro, detidos antes das eleições presidenciais de 09 de agosto de 2020 por apoiarem o registo dos candidatos independentes, nunca se reconheceram culpados e consideram que as acusações têm motivação política.

Para corroborar a acusação, o comité de investigação divulgou um vídeo no qual a oposição supostamente discute a organização de violentos distúrbios em Gomel, que incluiriam o assalto a edifícios públicos, mas que foram desmentidos pelos círculos oposicionistas.

Nos últimos meses, as autoridades de Minsk aprovaram leis que endurecem as penas de prisão pela participação e organização de manifestações não autorizadas.

O Governo deteve mais de 35.000 pessoas e condenou centenas por envolvimento nos protestos desencadeados após as presidenciais, que a oposição e o Ocidente consideram fraudulentas.

O Presidente, Alexander Lukashenko, no poder desde 1984 e alegadamente reeleito com 80% dos votos, acusou a oposição de pretender tomar o poder pela força com o envolvimento de países vizinhos, em particular da Polónia, e de potências ocidentais, com destaque para os Estados Unidos.

No início de abril, a oposição no exílio propôs a Lukashenko o início de negociações sem condições prévias para tentar uma solução para a atual crise.

Entre as sugestões, avançou com uma reforma do sistema político, a realização de novas eleições livres e o estabelecimento de um mecanismo de diálogo para a reconciliação nacional, que inclua a libertação dos presos políticos.

Desde o início da crise, a oposição apresentou várias ofertas de diálogo ao regime de Lukashenko, enquanto este último incluía Tijanovskaya e outro líder da oposição, o ex-ministro da Cultura Pavel Latushko, na lista de terroristas elaborada pelos serviços de informações bielorrusso.

Recentemente, Lukashenko acusou os Estados Unidos de preparar um golpe de Estado na antiga república soviética, que incluiria o seu assassinato e o dos seus filhos, uma alusão corroborada pelo seu homólogo do Kremlin, Vladimir Putin.

Por sua vez, Latushko indicou, em declarações à agência noticiosa Efe, que, antes das eleições presidenciais, as autoridades bielorrussas receavam que a Rússia tentasse desembaraçar-se de Lukashenko, que possui inimigos em Moscovo devido à sua recusa em aprovar uma União Estatal com a Rússia.

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