Pelo menos 30 civis mortos em ataque a aldeia no leste do Burkina Faso
Pelo menos 30 civis morreram hoje numa aldeia no leste do Burkina Faso, durante um ataque atribuído a alegados 'jihadistas', que está a ser descrito como um dos mais mortíferos no país, segundo fontes locais.
© Reuters
Mundo Burkina Faso
"Um grande número de indivíduos armados atacou a aldeia de Kodyel, na comuna de Foutouri, esta manhã, matando dezenas de civis", afirmou uma fonte de segurança regional à agência France-Presse (AFP).
Um dos responsáveis do grupo de auxiliares civis local 'Voluntários para a Defesa da Pátria' confirmou a existência do ataque, apontando para pelo menos "20 a 30 mortos".
"Ainda é um balanço provisório, porque as pessoas fugiram da aldeia", disse um outro membro deste grupo na comuna de Foutouri, que falou também em "cerca de 30 mortos, homens e mulheres", e em cerca de 20 feridos.
A fonte, citada igualmente pela AFP, referiu que este massacre poderia ter sido evitado, uma vez que "tinham sido dados avisos há alguns dias sobre a presença de terroristas na zona".
O líder regional dos Voluntários para a Defesa da Pátria apontou que o ataque ocorreu hoje de manhã, "enquanto algumas pessoas ainda estavam nas suas casas".
"Dezenas de homens invadiram a aldeia e incendiaram casas, enquanto outros observavam e abriram fogo sobre civis de forma indiscriminada", acrescentou.
O ataque é um dos mais mortíferos desde que o Burkina Faso iniciou o combate a ações atribuídas a grupos 'jihadistas', que começaram no país há seis anos.
O Burkina Faso, que faz fronteira com vários países, incluindo Mali e Níger, tem sido palco de ataques 'jihadistas' regulares desde 2015, tendo morrido centenas de civis em dezenas de ataques durante o último ano.
O norte do país é a região mais afetada. A violência 'jihadista' provocou mais de 1.100 mortos e um milhão de deslocados, que pretendem evitar os conflitos e os ataques.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.
O Burkina Faso integra, junto de Chade, Mauritânia, Mali e Níger, o grupo G5-Sahel, que formou uma força militar apoiada por França para combater a atividade 'jihadista' na região.
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