Estados Unidos vão reduzir 75% do pessoal consular na Rússia
A embaixada dos Estados Unidos em Moscovo anunciou hoje que a partir do dia 12 de maio vai reduzir 75% do pessoal consular em resposta ao anúncio do Governo russo que proíbe a contratação local de russos ou de terceiros países.
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Mundo Estados Unidos
Através de um comunicado, a legação dos Estados Unidos indicou que vai reduzir os serviços consulares, que se vão limitar a assistência de emergência a cidadãos norte-americanos e à expedição de um número "muito limitado de vistos para imigrantes e para casos de 'vida ou de morte'".
"Vai cessar a tramitação de vistos a não imigrantes para viagens que não sejam de diplomatas", sublinha a nota publicada no portal da embaixada.
O documento acrescenta que vão deixar de ser prestados serviços de rotina como a renovação de passaportes ou emissão de registos de nascimento.
A embaixada dos Estados Unidos na Rússia recomenda ainda "encarecidamente" aos cidadãos norte-americanos que se encontrem no país com vistos caducados a abandonar o território russo antes do dia 15 de junho, o prazo concedido pelas autoridades de Moscovo aos estrangeiros em situação irregular, no quadro das medidas contra a pandemia de covid-19.
"Lamentamos que as ações do Governo russo nos tenham obrigado a reduzir o nosso pessoal consular em 75% e vamos esforçar-nos para oferecer aos cidadãos norte-americanos o máximo de serviços possíveis", conclui o comunicado.
No passado dia 23 de abril, o Presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um decreto sobre "medidas para retaliar ações pouco amistosas dos Estados estrangeiros", que incluem, entre outras, a proibição de contratar localmente pessoas para as representações diplomáticas na Rússia.
Na quarta-feira, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse que a Rússia não pratica a contratação de pessoas locais para as embaixadas e, por isso, pode proibir as legações estrangeiras acreditadas no país de contratarem cidadãos russos ou de países terceiros.
Lavrov disse ainda que o Governo está a elaborar uma lista de países "que não são amigos da Rússia".
De acordo com o jornal Izvestia, uma dezena de países pode ser incluído na lista, entre os quais, os Estados Unidos, Polónia, República Checa, Lituânia, Letónia e Estónia, assim como o Reino Unido, Ucrânia e Austrália.
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