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Presidente da África do Sul lamenta morte da rainha regente Zulu

O Presidente da África do Sul lamentou hoje a morte da rainha Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu, regente do Reino amaZulu, que faleceu na quinta-feira.

Presidente da África do Sul lamenta morte da rainha regente Zulu
Notícias ao Minuto

11:00 - 30/04/21 por Lusa

Mundo Cyril Ramaphosa

"Em nome do governo e de todos os sul-africanos, ofereço as minhas mais sinceras condolências à Família Real e à nação Zulu", refere o Presidente Cyril Ramaphosa, citado num comunicado da Presidência, salientando que "a família real, de luto pelo falecimento do amado rei, é agora chamada a despedir-se da Regente numa sucessão tristemente curta".

Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu, morreu quinta-feira, 29 de abril, refere o comunicado da Presidência da República sul-africana divulgado na madrugada de hoje, sem adiantar detalhes.

A monarca Zulu, de 65 anos, foi nomeada no mês passado regente do Reino amaZulu, o maior grupo étnico na África do Sul, após a morte do rei Goodwill Zwelithini ka Bhekuzulu, em 12 de março de 2021, com 72 anos.

O estado de saúde da monarca Zulu, a terceira mulher de Zwelithini, era considerado "já há alguns anos muito debilitado", adiantou à Lusa fonte da família real Zulu.

Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu deveria liderar a nação Zulu até ao final de um período de luto de três meses, após o qual seria anunciado um novo rei, sublinhou.

O primeiro-ministro tradicional Zulu, príncipe Mangosuthu Buthelezi, de 92 anos, referiu, em comunicado, que a morte da monarca "foi uma surpresa" que deixou os súbditos "profundamente desolados".

"Em nome da família real, desejo assegurar ao país que, embora estejamos todos tristes, não haverá vácuo na liderança da Nação Zulu", sublinhou Buthelezi.

Por seu lado, o líder do Partido Livre Inkatha (IFP, na sigla em inglês), Velenkosini Hlabisa, salientou que a nação Zulu "está devastada por esta segunda perda dolorosa", destacando a "profunda gratidão" ao primeiro-ministro tradicional do monarca e povo Zulu, o príncipe Mangosuthu Buthelezi "por carregar o pesado fardo de informar a nação e apoiar a Família Real".

"Reconhecemos que esta é também a sua perda, não apenas como família, mas como alguém que prestou assistência a sua majestade, a regente, num momento muito difícil", salientou.

A rainha Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu, filha do falecido Rei Sobhuza II e irmã do Rei Mswati III do reino de Essuatíni (antiga Swazilândia), casou com o rei Goodwill Zwelithini, em 1977, passando a ser a terceira esposa do monarca, tendo sete filhos. O mais velho, o príncipe Misuzulu kaZwelithini, é apontado como possível sucessor ao trono.

O rei Goodwill Zwelithini KaBhekuzulu, que reinou desde 1971, morreu em 12 de março, de doença associada à diabetes e à covid-19, no hospital público Chief Albert Luthuli, em Durban, litoral do país, e foi sepultado em Kwanongoma, norte da província do KwaZulu-Natal.

Goodwill Zwelithini e Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu visitaram a Madeira e estiveram em Lisboa a convite do herdeiro da coroa portuguesa, Duarte Pio, duque de Bragança, em abril de 1992, onde foram recebidos também pelo então Presidente Mário Soares.

Voltaram a estar em Portugal, em maio de 1995, no casamento do duque de Bragança nos Jerónimos.

Em abril de 1999, o rei Zwelithini e a rainha Shyiwe Zulu visitaram a Sociedade Portuguesa de Beneficiência a convite do empresário português José de Castro, tal como refere uma placa comemorativa ainda hoje patente na instituição benemérita em Joanesburgo.

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