França sanciona responsáveis libaneses envolvidos na crise política
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou hoje sanções contra os responsáveis libaneses considerados responsáveis pelo bloqueio político no país, restringindo o seu acesso a território francês.
© REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Mundo Diplomacia
Esta foi a primeira concretização das medidas admitidas pela França, envolvida nas tentativas de resolução da crise política libanesa e destinadas a ultrapassar o atual impasse.
"A nível nacional começámos a aplicar medidas restritivas em termos de acesso ao território francês e dirigidas a personalidades envolvidas no bloqueio político em curso ou envolvidas na corrupção", declarou em comunicado Jean-Yves Le Drian, de vista a Malta.
O texto não menciona o género exato de sanções, nem o nome e identidades das pessoas envolvidas na punição.
"Gostava de reafirmar aqui: os responsáveis do bloqueio devem entender que não vamos permanecer inativos", precisou o chefe da diplomacia gaulesa, ao recordar que Paris já iniciou uma reflexão no âmbito da União Europeia sobre os instrumentos utilizáveis "para aumentar a pressão" sobre os responsáveis visados.
"Reservamos a possibilidade de adotar medidas suplementares dirigidas a todos os que entravam a saída da crise e vamos fazê-lo em coordenação com os nossos parceiros internacionais", acrescentou.
O primeiro-ministro libanês Saad Hariri, designado em outubro, ainda não conseguiu formar governo. A atual equipa, responsável pela gestão dos assuntos correntes, demitiu-se em agosto após a devastadora explosão no porto de Beirute, que provocou mais de 200 mortos e milhares de feridos.
O Líbano atravessa uma grave crise económica, marcada pela desvalorização da libra libanesa, agravamento da pobreza e do desemprego, erosão do poder de compra e a precarização, que têm provocado a revolta da população, com manifestações e bloqueios esporádicos de estradas.
No início de abril, uma centena de personalidades libanesas pediu ao Presidente francês Emmanuel Macron o congelamento dos bens dos seus responsáveis políticos, presumivelmente obtidos de forma duvidosa, e quando a França se tem afirmado como um aliado histórico do Líbano.
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