Presidente de Moçambique no Ruanda para colher experiências

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reuniu-se, na quarta-feira, em Kigali, com o seu homólogo ruandês, Paul Kagamé, um encontro que serviu para Moçambique compreender a experiência do Ruanda no combate ao terrorismo na África Central, foi hoje anunciado.

Filipe Nyusi

© Reuters

Lusa
29/04/2021 14:59 ‧ 29/04/2021 por Lusa

Mundo

Filipe Nyusi

"Tivemos uma discussão sobre a experiência do Ruanda no combate ao terrorismo e extremismo violento. O Ruanda tem um papel importante na África Central, ao lado também das forças das Nações Unidas, então nós quisemos compreender como tem sido a experiência", declarou o chefe de Estado moçambicano, momentos após a visita à capital ruandesa na quarta-feira, citado hoje pela Televisão de Moçambique.

Durante o encontro, Filipe Nyusi manifestou a sua abertura para receber apoios no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, mas reiterou que a responsabilidade de proteger a soberania do país é dos moçambicanos.

"Esta é uma guerra movida por muita esforças e com interesses diferentes. Nós deixámos a mensagem ao nosso irmão [Presidente Kagamé] de que nós estamos abertos a todos apoios, mas não gostaríamos que os apoios fossem impostos aos moçambicanos", frisou Nyusi, avançando que os dois chefes de Estado abordaram outros temas, com destaque para a covid-19.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.

O mais recente ataque ocorreu em 24 de março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.

As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás com início de produção previsto para 2024, avaliado em 20 mil milhões de euros, e no qual estão ancoradas muitas das expetativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

Leia Também: PGR moçambicana rejeita acusações de perseguição à oposição

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