Segundo a agência oficial Sana, 51 pessoas incluindo sete mulheres, uma situação inédita, apresentaram a sua candidatura até à data limite, que hoje expira.
Para garantir a magistratura suprema, os candidatos devem obter o apoio de 35 deputados entre os 250 lugares no parlamento -- na larga maioria controlados pelo partido Baas, de Assad -- antes da noite de hoje, segundo o secretário-geral do parlamento, Salloum al-Salloum, citado pelo diário pró-Damasco Al-Watan.
Os deputados continuam a atribuir os seus votos aos potenciais candidatos, indicou a Sana, precisando que Damasco convidou membros do parlamento de países aliados, incluindo a Rússia, Irão, China, Venezuela e Cuba, a "observar o processo eleitoral".
Não foi indicada uma data precisa para o anúncio da lista final de candidatos à eleição, considerada por muitos como um simulacro de democracia.
O escrutínio será o segundo organizado desde o início em 2011 de um devastador conflito que provocou mais de 388.000 mortos e forçou à deslocação de mais de metade da população síria.
À exceção de Assad, que deverá sem surpresas garantir um quatro mandato, a maioria dos candidatos são maioritariamente desconhecidos.
A lei eleitoral impõe aos candidatos que residam na Síria durante um período de dez anos "de forma contínua", impedindo desta forma que se apresentem representantes da oposição no exílio.
Em 2014, Bashar al-Assad venceu as eleições com mais de 88% dos votos. Apenas dois concorrentes se apresentaram ao escrutínio.
O atual Presidente subiu ao poder em 2000 através de um referendo, após a morte de seu pai Hafez al-Assad, que se manteve na liderança da Síria durante três décadas,
As presidenciais de 26 de maio surgem num contexto de colapso económico, assinalado por uma acentuada queda da moeda nacional face ao dólar e a uma inflação descontrolada.
Leia Também: Sete detidos em França em investigação antiterrorista
