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Merkel aborda direitos humanos em Hong Kong com primeiro-ministro chinês

A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou hoje ao primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, por um diálogo sobre "questões difíceis", apontando as diferenças sobre os direitos humanos, em particular na região semiautónoma de Hong Kong.

Merkel aborda direitos humanos em Hong Kong com primeiro-ministro chinês
Notícias ao Minuto

14:05 - 28/04/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

Numa breve declaração à imprensa, antes de reunir por videochamada com Li, Merkel admitiu "diferenças de opinião, especialmente sobre a situação em Hong Kong".

A chanceler disse querer que Alemanha e China possam o "mais rápido possível" dialogar sobre os direitos humanos. "Não basta conversarmos sobre essas questões, mas é preciso voltar à mesa com os ministros da Justiça", acrescentou.

"Os conflitos só podem ser resolvidos quando o diálogo é mantido", disse Merkel ao primeiro-ministro chinês, que reconheceu, minutos antes, as "posições diferentes" que China e Alemanha têm em algumas questões.

Li alertou, no entanto, que "ambos os lados" devem "respeitar os interesses essenciais e as questões importantes um do outro".

As duas partes devem comunicar "com base na igualdade de tratamento e na não interferência mútua nos assuntos internos", apontou.

Apesar da relação próxima entre os dois países, especialmente na esfera económica, as tensões aumentaram, recentemente, devido às diferenças na questão dos Direitos Humanos.

Os dois principais obstáculos são a repressão em Hong Kong sobre a oposição pró-democracia e a situação na região de Xinjiang, onde organizações estimam que cerca de um milhão de membros da minoria étnica de origem muçulmana uigur estão presos em campos de reeducação.

A chanceler não mencionou este ponto.

Merkel e o Presidente chinês, Xi Jinping, mantiveram uma conversa por telefone no início de abril, na qual expressaram a intenção de continuar a aprofundar os laços bilaterais, apesar das tensões recentes.

Ambos os líderes apostaram no pragmatismo e Merkel defendeu a manutenção de um diálogo aberto, especialmente nas questões em que há "diferenças de opinião".

A União Europeia impôs sanções contra quatro funcionários e uma entidade chinesa, em 22 de março, por violações dos Direitos Humanos na região de Xinjiang, onde organizações estimam que até um milhão de uigures estão presos em campos de reeducação.

Foram as primeiras sanções da UE contra a China desde o massacre da Praça Tiananmen, em 1989.

Pequim retaliou com sanções contra dez europeus, metade deles eurodeputados, e quatro entidades.

Leia Também: Merkel pede à China "transparência" e "reconhecimento" de vacinas

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