O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou "fortemente a repressão" no Chade, onde pelo menos duas pessoas foram mortas hoje em protestos contra a junta militar que tomou o poder após a morte do Presidente chadiano, Idriss Déby, na semana passada.
Emmanuel Macron disse também que a França apoia uma "transição pacífica, democrática e inclusiva", manifestando-se contra "um plano de sucessão" após a morte do Presidente Déby, numa altura em que o seu filho Mahamat Idriss Déby dirige o Conselho de Transição Militar (CMT).
Por seu lado, o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, que falava ao lado do seu homólogo francês, apelou às autoridades chadianas para "regressarem rapidamente à ordem democrática", uma semana após a morte do Presidente Idriss Déby, substituído no poder pela junta militar.
"Apoiamos obviamente a estabilidade atual na condição de que ela avance muito rapidamente para a consolidação da democracia", disse em Paris o também presidente em exercício da União Africana (UA).
O filho de Idriss Déby, 37 anos, tomou o poder como chefe do CMT, em 20 de abril, um dia depois de o pai ter sido morto, segundo o exército, em combate com os rebeldes no norte do país.
O CMT revogou a Constituição e dissolveu o Governo e a Assembleia Nacional. O general Mahamat Idriss Déby prometeu "eleições livres e democráticas" em 18 meses, mas assumiu o título de Presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas.
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