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Bélgica aponta saturação das UCI face pressão para relaxar restrições

O governo da Bélgica alertou hoje que as unidades de cuidados intensivos (UCI) nos hospitais belgas estão sobrelotadas e sem capacidade de receber doentes não-covid, numa reação à crescente pressão para relaxar as restrições impostas devido à pandemia.

Bélgica aponta saturação das UCI face pressão para relaxar restrições
Notícias ao Minuto

21:44 - 23/04/21 por Lusa

Mundo Pandemia

O alerta foi feito pelo Ministério da Saúde belga que descreveu um sistema hospitalar com profissionais "exaustos" e com serviços de UCI com sérias dificuldades em receber outros pacientes além dos doentes infetados com o novo coronavírus, como, por exemplo, vítimas de graves queimaduras ou de acidentes rodoviários.

Nos hospitais, as equipas das UCI estão "exaustas, empurradas além dos seus limites", afirmou Marcel Van der Auwera, representante do ministério, durante a conferência quinzenal das autoridades belgas sobre a crise sanitária da covid-19.

O alerta foi acompanhado por um apelo aos cidadãos, com o representante a pedir à população belga para "permanecer firme" no cumprimento das regras preventivas e das restrições relativas aos aglomerados de pessoas.

Este apelo surge num momento em que o setor cultural belga tem aumentado a pressão para retomar a sua atividade, argumentando que é possível voltar a receber público e respeitar as distâncias necessárias.

Os profissionais de saúde "continuam a manter o sistema a funcionar, mas precisamos de todos", reforçou o representante.

A Bélgica conta com cerca de 2.000 camas em UCI, das quais cerca de 900 estão atualmente ocupadas por doentes covid (um número que não tem sofrido alterações nas últimas duas semanas), o que reduz significativamente a capacidade de acomodar doentes não-covid.

Na conferência de imprensa, Marcel Van der Auwera precisou que o país tinha hoje "82 camas disponíveis" em UCI, um valor que, segundo frisou, é insuficiente.

A Alemanha, e após ter sido abordada pela Bélgica, manifestou-se novamente disponível para acolher doentes belgas nos seus hospitais, de acordo com Marcel Van der Auwera.

Doentes belgas chegaram a ser transferidos para a Alemanha em novembro passado.

Entretanto, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, confirmou hoje que os cafés e os restaurantes irão poder abrir as esplanadas em 08 de maio, com um máximo de quatro pessoas por mesa (com exceções para membros do mesmo agregado familiar).

A partir do mesmo dia, eventos festivos e culturais ao ar livre que reúnam até 50 pessoas também passam a estar autorizados, acrescentou o primeiro-ministro belga, adiando uma eventual reabertura das salas de espetáculos, na melhor das hipóteses, para junho.

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

SCA // EL

Lusa/Fim

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